Seja autêntico ou eletrônico, o forró é a maior atração das festas juninas

Campina Grande, 21 de junho de 2010

O forró é um ritmo alucinante que faz parte do gênero típico dos festejos juninos, onde duas pessoas dançam agarradinhas e deixam-se embalar pelo ritmo empolgante que só ele proporciona. É dançado ao som de dois estilos principais: o pé-de-serra e o eletrônico. Mas qual a diferença entre eles? Outra distinção é feita no modo de dançar. Euclides Alves, professor de forró da Casa de Dança La Barca, disse que enquanto o tradicional é dançado mais agarradinho, o estilizado assemelha-se com a lambada.

“O dois pra lá e dois pra cá é característico dos dois, que precisam de malícia e sensualidade, exigindo maior cumplicidade entre os parceiros”, afirmou. Já o mais moderno, chamado de forró eletrônico, surgiu com a saturação do estilo tradicional. É constituído principalmente por baterista, guitarrista e baixista, trazendo um novo estilo de dança mais alegre, sensual e carismática.

Também as letras deixaram de ter como o foco a seca e sofrimento dos nordestinos, e passaram a abordar conteúdos que atraem os jovens. Bandas como Calcinha Preta, Aviões do Forró e Limão com Mel são alguns exemplos dessa classe. O ritmo que veio do Nordeste caiu nas graças do país e agora é ouvido e dançado em todas as regiões. Mas não precisa ter nascido na Paraíba ou em Pernambuco para saber dançar. No sertão ou na cidade, seja arrasta-pé ou “oxentmusic” e independente da época do ano, o forró continua agradando a todas as raças, classes e idades.

 

O pé-de-serra é a forma mais tradicional do gênero musical forró, sendo constituído pelo sanfoneiro, o zabumbeiro e o tocador de triângulo. Antes, se ouvia falar muito de devastação, solo rachado, gado magro, seca no nordeste, sofrimento e lamentação. Teve como principal representante Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.

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