Às vésperas do dia de São João, os campinenses já estão se preparando para comemoré-lo da maneira mais tradicional. O aumento da procura por produtos juninos tem gerado lucro extra para os comerciantes, especialmente aqueles que comecializam madeira e milho. Para atender a demanda referente à procura por madeira, os comerciantes estão extraindo a lenha da algaroba, no Sertão do Estado. Já o milho, que está em escasso, está vindo, principalmente, dos Estados de Pernambuco e Ceará.
De acordo com o comerciante de lenha, José Ramos, que já vende a madeira há mais de 10 anos, a procura dos clientes este ano superou as expectativas. Ele disse que compra a lenha em uma fazenda de Patos, porque lá é mais barato. José Ramos compra 15 toneladas do produto por R$ 1.200,00 e vende a quantidade necessária para uma fogueira ao preço de R$ 15 reais.
“É lucrativo. Em todos os tempos que estou vendendo a lenha, nunca tive prejuízo, porque o povo tem a tradição de acender fogueira e como moram em cidade grande, como é o caso de Campina, acabam tendo que procurar lenha fora e eu trazendo para cidade, facilita a vida deles e a minha”, explicou o comerciante.
A lenha que José comercializa é permitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), que considera que a madeira extraída da algaroba não polui o meio ambiente não provoca devastação.
Milho mais caro
Com a escassez das chuvas, o produto mais comum nas festas juninas está sendo bastante disputado em Campina Grande. Por estar vindo de outros estados, a exemplo de Pernambuco e Ceará, o milho está mais caro. A mão de milho que contém cerca de 50 espigas, já é encontrada na Feira Central ao preço de R$ 25, um aumento que representa mais de 90% em relação ao ano passado.