Vítimas da transposição do Rio São Francisco reuniram-se em protesto no São João de Campina

Campina Grande, 22 de junho de 2010

Do dia 17/06 à 19/06, um aglomerado de pessoas chamaram a atenção no Parque do Povo: Pesquisadores, ambientalistas e nordestinos atingidos pela transposição do Rio São Francisco, reuniram-se em protesto para mostrar uma realidade que, segundo eles, é pouco revelada na mídia.

O Encontro de Atingidos e Atingidas pelo Projeto de Transposição do Rio São Francisco, é pioneiro no Nordeste, e causa impacto porque ultrapassa as informações que alguns estudiosos mostram sobre os efeitos nocivos que a obra pode trazer.

O evento aconteceu na Casa de Encontro São Clemente, no bairro do Bodocongó, onde teve lançamentos de livros, projeção de vídeos, discussões sobre o tema, relatos de quem viveu de perto as conseqüências dos primeiros quilômetros de transposição.

Focando-se na questão “As águas do São Francisco serão mesmo a solução da seca no semi-árido nordestino?”, o grande grupo, incluindo representantes e peritos no assunto, juntou-se próximos à pirâmide do Parque do Povo, exibindo grandes faixas, cartazes e camisetas abordando o tema.

Segundo Rubens Siqueira, representante da Comissão Pastoral da Terra da Bahia, algumas famílias estão passando por sérios problemas devido à transposição: “Nossa comissão está percorrendo estados que apresentam pendências. Algumas famílias que foram retiradas de suas casas para que pudesse ocorrer à transposição, ainda não foram indenizadas. Estão sem moradia, restando apenas à reivindicação”, afirma.

Querendo apresentar argumentos convincentes sobre o assunto, contaram com a presença de representantes da ASA, (articulação do Semi-Árido), que reúne mais de 700 organizações da sociedade civil, e tenta mostrar soluções mais simples e alternativas, porém eficientes, para resolver os problemas da má distribuição da água no Nordeste do Brasil.

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