Conversamos com o compositor e cantor Nando Cordel antes do seu show na noite de hoje no Parque do Povo. Nando subiu ao palco por volta das 23h50 e fez todos cantarem e dançarem na noite fria deste dia 22. Quando chegou ao camarim, diferentemente da sua produção, Nando Cordel foi muito gentil com a imprensa campinense concedeu entrevistas a todos os veículos de imprensa, inclusive ao Repórter Junino.
RJ: Qual a importância de se apresentar no Maior São João do Mundo mais uma vez?
Nando: É muito especial pra mim, é uma importância muito grande, no Nordeste, Campina Grande foi uma das primeiras cidades que me deu oportunidade de apresentar meu trabalho, eu fico muito feliz de estar voltando todos os anos, porque aqui eu tenho amizades fortes, e em 25 anos de carreira, eu devo muito à esse pedaço maravilhoso do Brasil.
RJ: O que você preparou para o show de hoje em Campina Grande?
Nando: O show está muito bonito, é cheio de novidades, está com o repertório modificado, claro que eu toco algumas músicas que já considero clássicas na minha carreira, mas tem muita coisa nova e boa, um balé diferente, luzes diferentes, sempre tem uma coisa nova a cada show, a cada ano. Meus filhos estão trabalhando na produção e isso me deixa muito feliz até porque me deixa mais próximo deles.
RJ: Quais são as músicas que se você não cantar no show, o público cobra?
Nando: Nossa, são muitas! Eu tenho 700 músicas gravadas, agora gravei a última com Elba [Ramalho] e Gilberto [Gil]. Mas tem música minha que foi tema de novela, se não cantar o público reclama, quando não toco “Gostoso demais”, reclamam. Posso dizer que é complicado, é tanto que dentro do show, faço questão de abrir um espaço para as pessoas pedirem músicas e nossa banda têm que conhecer bem todo o repertório, porque às vezes aparecem muitos pedidos de músicas que nem eu lembro direito a letra toda (risos).
RJ: Como você vê a utilização da música “Pague meu dinheiro” não só por pessoas bem humoradas que tem alguma quantia a receber e até mesmo por partidos políticos?
Nando: Na realidade eu não fiz a música com intenções políticas, foi uma música que fiz em minha homenagem. Havia uma pessoa que estava devendo a mim e eu achei chato ir diretamente cobrar, então fiz uma música para que ele se desse conta, fiz uma “cobrança musical”, mas essa música caiu tanto no gosto popular, que recentemente fui homenageado no Festival da Música Brasileira, no Rio Grande do Sul e toquei essa música, as pessoas de lá não conheciam, na outra semana estava tocando em todas as rádios. A música inclusive será regravada em breve no meu novo disco.
Edição: Stefanya Neves
