“Toco o que o público pede”, diz Capilé

Campina Grande, 29 de maio de 2012

Lenilson Costa de Macedo, popularmente conhecido como Capilé, é um músico, cantor e compositor brasileiro que, antes de entrar no mundo da música, chegou a ser jogador de futebol, atuando no Treze e no Campinense, os dois principais times de sua cidade natal, Campina Grande. Em 1985, iniciou sua carreira como cantor, e gravou seu primeiro disco em 1986. No dia 12 de Maio de 2012, Capilé participou do Momento Junino, programa veiculado pela TV Borborema, e que apresenta atrações musicais todos os sábados, no Parque do Povo. Em entrevista à nossa equipe, Capilé falou sobre a influência de Luiz Gonzaga em seu trabalho, o São João de Campina Grande, e o repertório que apresentará este ano ao Parque do Povo.

Laís Sousa – Luiz Gonzaga, que é o homenageado do São João de Campina este ano, serviu de exemplo para a composição de suas músicas? Ou você prefere se deter ao forró universitário?

Capilé – Eu não me detenho ao forró universitário. Para mim não há diferencial no forró; forró é tudo a mesma coisa, é zabumba, sanfona e triângulo. Eu acho que o estilo de hoje é a continuação do forró e não podemos se deter a apenas um estilo. Acho que não existe separação ou divisão.

LS – Na sua opinião, o que as músicas de Luiz Gonzaga transmitem para quem as ouve?

Capilé: Luiz Gonzaga é o ícone, o Rei do Baião, foi quem deu o “pontapé” inicial, que levou o forró ao conhecimento de todos, e quando eu escuto Luiz Gonzaga é como se eu estivesse ouvindo minha história como nordestino.

LS – Para você qual seria o ponto chave? O diferencial do São João de Campina Grande?

Capilé: O diferencial é a valorização da cultura, das comidas típicas, da dança e da forma como elas são mostradas. O diferencial de Campina Grande é ela ser da forma que ela é.

LS – Tendo como característica nos seus repertórios, a diversidade e a mistura de ritmos, como está sendo programado o repertório para o São João de Campina Grande?

Capilé: Meu repertório varia. Existem lugares que as pessoas gostam mais de forró, outros de axé, e eu gosto de agradar. Sou o tipo de cantor que toca o que o público pede.

Reportagem: Laís Sousa
Edição: Lourival Salviano

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