Quando criança, Tony mudou-se com a família para o Maranhão, mas voltou à Paraíba, precisamente para a cidade de Cajazeiras, onde deu início a sua vida artística entrando para um grupo de teatro e participando de festivais no colégio em que estudava. Na música, Tony também venceu etapas de concursos e participou de programas que revelavam os talentos da época. Após mergulhar nestes desafios, ele sentiu o desejo de, mais uma vez, mudar-se.
Pensou em ir para muitos outros lugares, mas com 17 anos, contra a vontade dos pais e de carona, Tony veio para Campina Grande: “Eu não tinha noção nenhuma do que era Campina Grande, porque se eu tivesse, eu teria escolhido primeiro Campina para vir, como referência de música, como referência de cultura” – conta o artista.
Gravações Gente Nossa com o artista
Na Rainha da Borborema, o cantor concluiu o ensino médio e prestou vestibular para Jornalismo. Foi em Campina Grande que Tony realizou o que, segundo ele, era um grande sonho: trabalhar em uma loja de discos. Dumond também já teve um salão de beleza e diz ainda ter clientes muito fiéis. Com eles, as conversas sempre foram sobre música.
Sobre os festivais que participou, interpretando canções de outros artistas, Tony diz que recebeu o apelido de “Antônio Bem-te-vi” e brinca “Será que artisticamente pegaria bem?”.
No começo de sua carreira fez abertura de um dos shows de Chico César, uma de suas maiores influências. Depois disto, e da exigência do público que queria mais do talento de Tony, ele resolveu gravar seu primeiro cd, produzido por Jorge Ribas, chamado “Universos”. Um trabalho que tem, em sua maioria, compositores paraibanos.
Juntamente com Elba Ramalho produziu um cd ao vivo em comemoração aos 50 anos de carreira da saudosa Marinês. Esta produção teve a participação de outros grandes nomes da música nacional como Lenine, Dominguinhos e Magareth Menezes.
Foi a pedido da própria Marinês, citada várias vezes por Tony como alguém de grande importância na sua vida musical e pessoal, que ele gravou seu primeiro cd de forró, chamado “Zabumbada”.
Falando mais uma vez de influências e do que ouvia, Tony Dumond cita exemplos como Caetano Veloso, Gilbert Gil, Tim Maia e Beatles. Mas confessa que a música regional tinha uma presença mais forte, para tanto destaca Luiz Gonzaga que, segundo o filho natural de Serra Grande, era um músico completo.
Edição: Manassés Xavier
Fotos: Everton David/Emanuel Messias
