Pepysho Neto: O cantor de casa

Campina Grande, 30 de junho de 2012

Cantor Pepysho Neto

Essas palavras transmitem Gercino Agra Leite, conhecido artisticamente como Pepysho Neto. Ele nasceu na cidade de Campina Grande no dia 14 de outubro de 1967, mas foi registrado na cidade de Caruaru, Pernambuco, em razão de uma passagem que seus pais tinham feito na época pela região.

O nome artístico “Pepysho” vem desde a infância e sua inclinação para a música nasceu em razão da influência dos pais que apesar de não terem nenhum registro musical, sempre ouviam em casa bastante música, além de tocarem em casa violão, piano, entre outros instrumentos. E foi entre os sete e oito anos de idade que entrou nas aulas de violão, mas deixou para praticar o futebol.

Quando voltou para o caminho da música, com seus 15 anos, Pepysho conheceu Ari PB, um músico de bar conhecido. Foi quando começou a viajar com o amigo. Em certa ocasião ensaiaram uma música e acabou cantando em uma das apresentações. A partir daí, com a saída do amigo da banda, recebeu o convite para assumir o posto do companheiro: aceitou e segue nesta vertente até hoje. Na década de 80 buscou carreira solo e em 1994 teve seu primeiro registro fonográfico gravado.

Já produziu vários CD’s e venceu vários festivais, entre eles o Forró Fest, que das dez edições, reuniu nove prêmios. Todas as músicas de Pepysho resgatem em si o cheiro das raízes regionais e brasileiras, com a força dos grandes nomes da terra – Luiz Gonzaga, Marinês e Jackson do Pandeiro. Entre elas estão “A sombra de um lugar”, “Impaciência”, “Prazer”, “Canto de

Gravações Gente Nossa com Pepysho Neto

alumiar” – vencedora do Forro Fest em 1992, “Estrada de Cantador” primeiro sucesso gravado, entre outras. ”Não tem como fugir, está no consciente coletivo de todos nós, a música nordestina é muito forte, crescemos ouvindo isso, e podemos beber tranquilamente dessa fonte’’, afirmou Pepysho.

Seu novo Trabalho “Canto de Casa” está em fase de conclusão, que evidencia o cantor de casa, a importância em ser um artista de casa, de ser reconhecido: “Santo de casa não traz presságio/ Eu sei/ Não faz verdade/ Eu sei/ Cantor da terra sofre na pele dorme com febre/ Eu sei/ Febre de gente/ Eu sei, gente sadia…”, assim encerrou cantando sua entrevista ao Gente Nossa.

Edição: Manassés Xavier
Fotos Everton David

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