A campanha nas redes sociais teve grande repercussão

Segundo a prefeitura, no ano de 2016 durante as festividades juninas, o público chegou em média a 100 mil pessoas em algumas noites. Na edição deste ano, não tem sido diferente. Em algumas noites de show, a lotação do Parque do Povo tem chegado a sua capacidade total. Diante do grande fluxo de pessoas a facilidade em ser furtado durante a festa, é grande e a chance de se recuperar tais bens são mínimas.

Esse, felizmente, não foi o caso da turista Érika Galvão residente de Natal, que veio passar o último fim de semana no São João de Campina Grande. A mesma teve o celular furtado quando encontrou uma amiga na festa: “depois que nos encontramos, acho que fiquei mais relaxada e por um minuto me distrai da minha bolsa. Quando tornei a pegar nela, percebi que estava aberta e sem o celular”, contou ela.

O que seria uma grande frustração para Érika tornou-se motivo de alegria por causa do jovem Thiago Silva (24). Ele encontrou o celular durante um dos shows na noite de sexta-feira (17), quando, segundo ele, sentiu algo na perna “vi que era um celular e apanhei. Havia a foto de duas pessoas e estava no silencioso”, relatou.

O encontro para a entrega do celular aconteceu poucas horas depois do ocorrido

Diante das poucas informações que possuía, Thiago resolveu publicar a foto do celular nas redes sociais com o intuito de encontrar a dona do aparelho. Ele conseguiu ajuda na divulgação através de páginas e da mídia popular. O resultado não podia ser diferente: Érika ficou sabendo da repercussão através de uma amiga que acompanhava a página ‘CGdadepressao’.  Logo, ambos marcaram uma data e se encontraram juntamente com Heitor Nascimento, amigo de Thiago que acompanhou todo o processo desde o início.

“São os simples detalhes que fazem a diferença!”, disse Thiago em comentário à foto que Érika postou sobre o dia marcado para receber o celular. A foto tinha como legenda “Muito obrigada, Thiago e Heitor. Vocês são anjos”.

Thiago relatou que se sentiu tímido em relação a repercussão do seu ato, pois, para ele, essa atitude correta deveria ser a mais comum entre as pessoas.

Já Érika, definiu a atitude do jovem como “um gesto nobre” e disse ainda que só tinha a agradecer pelo fato do celular ter sido encontrado por uma pessoa honesta e de bom coração. “Ele se colocou no meu lugar e teve empatia por alguém que ele nunca viu, ou seja, agiu conforme seus princípios de não querer para o próximo o que ele não gostaria para ele”, finalizou ela.