Com nova estrutura, 28ª edição do Salão de Artesanato tem início em Campina Grande

Campina Grande, 13 de junho de 2018  ·  Escrito por Sara Lucena  ·  Editado por Maryanne Paulino  ·  Fotos de Sara Lucena
Foto: Sara Lucema

Abertura da 28ª edição do Salão de Artesanato. Foto: Sara Lucena

Com uma estimativa de 3,5 mil pessoas envolvidas, a 28° edição do Salão do Artesanato abriu as portas para o público nesta terça (12), em uma nova estrutura, localizada na avenida Severino Bezerra Cabral. Este ano o Salão tem como tema “Diversidade Cultural”, e conta com mais de 300 artesãos expondo seus trabalhos feitos a partir do couro, renda, crochê, cerâmica, madeira e vários outros materiais. Durante a abertura, também foi inaugurada a Vila Junina, um espaço criado a partir da iniciativa privada, que oferecerá aos visitantes do Salão a oportunidade de apreciar a típica comida nordestina.

Na ocasião, foram homenageadas as artesãs Salete da Silva e Antônia Ribeiro, a qual considerou o ato como o reconhecimento do seu trabalho e falou da importância do Salão. “Temos a oportunidade de vender, fico muito feliz com o nosso Salão de Artesanato. Quero agradecer de coração, porque não temos outra oportunidade além dos salões, para defender o nosso trabalho!”, ressaltou Antônia.

Dona Antônia, 86 anos, foi uma das homenageadas durante a cerimônia de abertura. Foto: Sara Lucena

Dona Antônia, 86 anos, foi uma das homenageadas durante a cerimônia de abertura. Foto: Sara Lucena

Dona Antônia trabalha com artesanato e contou que começou a aprender o ofício ainda jovem. “Aprendi a fazer o labirinto com uma madrinha desde 12 anos, depois da escola. Eu guardava meus livros e andava um quilômetro a pé, da cidade para a casa dela. Depois que eu aprendi, fiquei trabalhando sozinha”, falou.  

Fundadora da associação de artesãos no distrito de Ingá, ela lembrou do início: “No começo era somente 12 pessoas. Os apóstolos de Cristo (risos). Com o tempo, muitos foram se aposentando, mas graças a Deus está funcionando ainda!”, ressaltou a artesã. A associação, que já contou com mais de 50 artesãos cadastrados, possui hoje apenas 35. Mas Dona Antônia já tem planos para mudar a situação: “Eu vou fazer oficinas, sem ganhar nada mesmo, só pra o povo aprender”.

Teteu e Sílvia, pai e filha, trabalham com a técnica patchwork, um estilo que faz a junção de diversas tipologias do artesanato. Foto: Sara Lucena

Teteu e Sílvia, pai e filha, trabalham com a técnica patchwork, um estilo que faz a junção de diversas tipologias do artesanato. Foto: Sara Lucena

O evento contou também, com o desfile U.N.I.D.A.S., que nasceu dos artesãos Teteu e Sílvia, conhecedores do trabalho em patchwork – uma técnica que utiliza a junção de estampas, cores, formas e padrões. O desfile teve a iniciativa do Moda PAP (Programa de Artesanato da Paraíba), que viu a necessidade de criar um núcleo de moda, em consequência do grande potencial criativo de centenas de artesãos em diversas tipologias, como por exemplo, a escama de peixe, o macramê, tricô, algodão colorido e renda de labirinto.

O Salão de Artesanato é aberto ao público das 14h às 21h, com entrada gratuita, e funcionará até o dia 30 de junho com apresentações culturais, oficinas, além de desfiles e palestras. Algumas das atrações confirmadas são: Janício Pereira e Banda, Chagas Fernandes, Gitana Pimentel, Forró Universitário, Trio Pegada Mansa, Alberto Bakana, Forró Sensação, além do Trio Triângulo de Ouro, que se apresentará todos os dias do evento.

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