ESPECIAL| 30 anos de Casamento Coletivo e muitas histórias de amor e união

Campina Grande, 22 de junho de 2018  ·  Escrito por Aluska de Araújo Teberge e João Cardoso  ·  Editado por Maryanne Paulino  ·  Fotos de Natasha Leoni
O casamento coletivo de 2018 foi realizado no último dia 12.Foto:

O casamento coletivo de 2018 foi realizado no último dia 12. Foto: Natasha Leoni

Forródromo. Este era o nome do local por onde já passaram centenas de casais que, sob seu abrigo, puderam dizer o famoso “sim” e selar sua união. Hoje chamada de Pirâmide do Parque do Povo, foi projetada pelo arquiteto Carlos Alberto de Almeida e inaugurada no ano de 1986, ainda na gestão do ex-prefeito de Campina Grande, Ronaldo Cunha Lima.

Dois anos depois teve início o casamento coletivo na cidade. O evento nasceu com o intuito de proporcionar às pessoas que não tinham condições financeiras de se casarem no civil, um casamento diferenciado com todo glamour e festa que uma união merece. E tudo isto dentro das festividades juninas da cidade.

No princípio os casais se inscreviam de forma tímida e o período de inscrições chegava a ter até uma semana de duração. Atualmente, a realidade já não é mais essa. De uma semana para um ou dois dias; as vagas para participar do casamento se esgotam . Moças e rapazes de todos os lugares da cidade e do mundo já vieram festejar exatamente no dia em que se comemora o santo casamenteiro.

Foto:

Casais celebraram coletivamente a união. Foto: Natasha Leoni

Simpatias, promessas e pedidos são sempre lembrados pelas gerações que já passaram, tentando manter viva suas tradições e costumes. Seja colocando Santo Antônio de cabeça para baixo ou comemorando o encontro com seu par, o casamento coletivo coleciona histórias das mais variadas pessoas e situações. A de Paulo Rogério e Erivânia dos Santos é uma delas. Eles se conheceram quando Paulo estava vendendo sandálias à irmã de sua atual esposa. “Nossa maior história foi quando nos conhecemos. Eu já tinha me apaixonado por ele, mas infelizmente ele não me dava bola. Mas através de uma sandália vendida, que minha irmã não pagou, eu tive que pagar com um beijo. E assim, começou todo o amor”, contou Erivânia com olhar apaixonado e envergonhado ao compartilhar sua história. Com uma história de 12 anos e dois filhos, o casal pode concretizar sua união nesta festa junina que hoje é mundialmente conhecida.

Em sua trigésima edição o casamento se tornou exemplo de diversidade, acolhendo casais jovens, idosos, homoafetivos e com algum tipo de deficiência. E em momentos como este, a emoção em ter vivido e compartilhado esta experiência não tem preço pois, após tanto tempo pedindo um par a Santo Antônio tem coisa melhor do que celebrar a união no maior arraiá do mundo? Não né!?

Após mais de uma semana de casados, Fernanda Waleska (17), que se casou com Eduardo Fernando (21) no último dia doze de junho,  que o casamento é um momento bastante especial para a vida das pessoas. “Estou muito feliz e espero que outras pessoas possam vivenciar isso” afirmou.  O casal, que coleciona lembranças desse momento, relata se sentir agradecido por vivenciar este momento único, e comemora: “amei fazer parte do Casamento Coletivo 2018!”.

Comentários