Campina Grande, 18 de junho de 2012
Poeta José Laurentino
Nascido em 11 de Abril de 1943, na cidade de Puxinanã, e atualmente debilitado por problemas de saúde, José Laurentino da Silva começou a interessar-se por poesia ainda no início de sua adolescência, quando ouvia as cantorias que seu pai levava ao seu sítio. Tendo sido agricultor, Zé conta em grande parte de seus poemas o cotidiano da vida sertaneja nordestina, usando a linguagem “matuta” como uma das principais características de suas obras. Com seis livros lançados, uma antologia e um de seus trabalhos publicados na Alemanha, a temática envolvendo o sertão não sai de seus poemas. Como o próprio poeta diz, “tenho mais tempo de enxada do que de escritório”.
Demonstrando a influência de seus versos sobre as pessoas, ele foi eleito vereador em 1972 e foi o segundo mais votado. Hoje diz não ter nada contra a política, mas afirma que quer distância deste mundo. Como os personagens de suas poesias, Zé Laurentino aprecia a humildade e diz que se sente mais confortável em seu “barzinho” que em lugares onde recebe honrarias.
Algumas obras do poeta
Zé foi paraninfo geral das turmas 2009.2 da UEPB e recebeu o título de cidadão campinense. Concursado, atualmente trabalha como servidor público, mas menciona que nunca desistiu de suas poesias: “A poesia faz parte da minha vida, não posso me imaginar sem o ofício do fazer poético. Eu não procuro os poemas, eles batem na minha porta, querendo vir à tona”, revelou em uma entrevista.
No decorrer de sua vida e em cada um de seus trabalhos, o poeta de estatura baixa e rosto sorridente sempre deixou clara sua paixão pelas palavras e as usou como meio para homenagear o que julgava ser mais importante. Em suas poesias difundiu a cultura do sertão paraibano, falou sobre política e até já deu lições sobre vida, envelhecimento e morte, tomando como exemplo um gato, tratando destes diversos temas sempre com versos simples e de grande profundidade.
Edição: Manassés Xavier
Fotos: Jeronimo Lucena, Emanuel Messias e Everton David
