ESPECIAL: Astier Basílio: nos versos da arte

Campina Grande, 22 de novembro de 2014  ·  Escrito por Keliane Barbosa  ·  Editado por Giordani Matias

Astier Basílio da Silva Lima se considera um “pernambucano de Campina Grande”. Nascido em 06 de julho de 1978 na cidade de Vitória de Santo Antão, no vizinho estado de Pernambuco, foi “exportado” para a Rainha da Borborema, sendo adotado, posteriormente, pela capital do Estado da Paraíba, João Pessoa, onde reside desde 2003. Filho de Sebastião Basílio de Lima, o Tião Lima – grande repentista campinense. É poeta, jornalista, escritor, crítico literário e dramaturgo. O “Gente Nossa” apresenta: Astier Basílio: nos versos da arte.

Aos quatorze anos publicou o seu primeiro poema e aos dezoito o primeiro livro intitulado “Sonetos Soltos ao Vento”. “Eu escrevi o meu primeiro livro quando tinha 18 anos, então não sabia a tiragem adequada dentre outras coisas. E isso tudo vamos aprendendo com o tempo”, disse o escritor. É autor de onze livros e vários folhetos de cordel, dois deles em parceria com Bráulio Tavares e Glauco Mattoso.

 

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Além de escritor, Astier Basílio é poeta, jornalista, escritor, crítico literário e dramaturgo

Graças ao seu talento conquistou o prêmio “Novos Autores Paraibanos”, promovido pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em 2000. “Foi o primeiro prêmio que ganhei na vida, eu perdi em duas edições anteriores até ganhar”, afirmou Astier. O escritor também teve algumas de suas obras premiadas, a exemplo de “Finais em Extinção”, que lhe rendeu o prêmio “Correio das Artes” em 2009, e “Varadouro, Varadouro”, na categoria Contos e Crônicas no “Concurso Literário José Lins do Rêgo”, realizado pela Fundação Espaço Cultural da Paraíba (FUNESC) em 2011.

Ainda em 2011 venceu o “Prêmio de Dramaturgia Zé Lins Encenado”, também promovido pela Fundação Espaço Cultural da Paraíba (FUNESC), com a peça curta “Com Zé Lins não há quem possa”, montada pela “Trupe dos Truques”, além do “Prêmio Poesia Encenada”, com melhor apresentação e texto, uma adaptação do poema “Romance em feitio de oração para senhora dos navegantes” com interpretação de Nika Barros, Sônia Farias, Jorge Félix e Flávio Lira.

Através da obra “Funerais da Fala” foi possível trabalhar o conto “Bodocongó” na perspectiva da dramaturgia. Dirigida por Gustavo Paso a peça conta a história de Jeremias, um cineasta que decide fazer um filme que nunca acaba. “Jeremias, para mim, é a metáfora do criador que quer imortalizar-se na sua criação. Eu penso na ambição do artista e no patético disso tudo, porque nem todos conseguem a imortalidade, nem todos serão lembrados”, afirma Astier.

O escritor também foi coautor da peça “Ariano”, montada pelo grupo “Epigenia”, que estreou em 2007 no Rio de Janeiro cumprindo temporada, além da capital carioca, em Curitiba, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia e Paraíba. Com direção de Gustavo Paso, o espetáculo é repleto de simbolismos, misturando referências à biografia de Ariano Suassuna. O texto é inspirado na “Divina Comédia”, de Dante. “A peça foi construída a partir da ideia do clássico de Dante. Inferno, purgatório e paraíso são elementos fortes na obra de Suassuna e na própria cultura do sertão nordestino”, esclarece Astier.

Já o livro “Eu sou mais veneno que paisagem”, lançado em 2008, teve pré-lançamento no blog homônimo do escritor, onde foram disponibilizados os poemas a fim de testar a aceitação dos internautas. “Foi um processo muito rico, onde pude contar com a opinião de alguns amigos e leitores, enquanto o livro foi sendo construído.” afirmou.Astier está constantemente submetendo a sua produção a concursos.

 

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O “pernambucano de Campina” expressa alegria em sua participação no Gente Nossa

Como jornalista, Astier Basílio atuou como repórter, crítico de cinema,literatura e teatro nos impressos Jornal da Paraíba, A União e Correio da Paraíba, onde desempenhou as funções de subeditor dos Cadernos de Cultura e Política, além de editor dos suplementos culturais “Augusto” e “Correio das Artes”, além de escrever para as colunas de Política, Esportes e Cultura. Nesse contexto, participou de alguns concursos ficando em segundo lugar no “Prêmio AETC de Jornalismo”, promovido pela Associação das Empresas de Transportes Coletivos Urbanos de João Pessoa, na categoria Jornalismo Impresso, com a matéria “Um crime que mudou o Brasil – 80 anos da morte de João Pessoa”, em 2011. No mesmo prêmio conquistou o primeiro lugar com a matéria “São Saruê: 40 anos depois”.

Na música mantém parcerias com os cantores e compositores Xisto Medeiros, Chico Limeira, Érica Maria, entre outros. Tem letras gravadas por Zeca Baleiro, a exemplo de “Sol de Prata”, e Xisto Medeiros, que canta com Lucy Alves, “No meu Chevette, não”.

 

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