De choro só tem o gênero: Grupo Chorata toca canções e leva alegria para o público

Campina Grande, 19 de dezembro de 2017  ·  Escrito por Izailma Jaciara  ·  Editado por Dayara Sousa  ·  Fotos de Sabrina Cipriano

O Gente Nossa realizou mais uma edição do programa de 2017, e teve como homenageado o Grupo Chorata, que há mais de dez anos toca e encanta gerações ao som do chorinho.

Influenciado pelo Xote, Olodum e o Maxixe, o Chorinho é um gênero tipicamente brasileiro. Foi quando Dom João XVI chegou ao Brasil, em 1808, com sua comitiva imperial e as filarmônicas, que começou a ser desenvolvido o chorinho, antes nomeado de Maxixe ou Tango brasileiro. Por se tratar de uma música melancólica e chorosa, foi nomeado de Choro ou Chorinho, mas para a partitura foi reconhecida apenas quando Pinxinguinha começou a compor suas primeiras músicas.

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Em Campina Grande, o Grupo Chorata é o grande representante desse estilo musical. Inspirados em grandes artistas como Pinxinguinha, Jacó do Bandolin, Gonzaga, entre outros instrumentistas, o grupo toca não apenas o chorinho, mas também outros gêneros como o samba, bolero, forró, samba-canção, música internacional e qualquer outro estilo que o ouvinte deseja escutar.

O grupo é formado por cinco integrantes, mas apenas um é formado em música. Cada músico toca instrumento diferente dos demais, assim fica a divisão: Almir no pandeiro, André no violão de seis cordas, Castor no cavaquinho, Hermes Filho no sax e Rocha com o violão de sete cordas.

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Almir que é o mais velho do grupo teve a felicidade de conhecer e tocar com Jackson do Pandeiro, ela contou  para o Gente Nossa a sua experiência, “Foi em 1972, eu e um colega participava do conjunto de Zé lagoa, aí eu e Letício fomos morar no Rio, eu tocava com Letício nos outros forrós e eu expliquei pra ele (Jackson) que ele era de Alagoa Grande e eu de Campina Grande e ele disse ‘não rapaz, tem bronca não, vamos tocar juntos.’”

O Grupo Chorata que já está em sua quarta formação toca em confraternizações, festas em casa, em clube, aniversário, casamento, entre outros eventos. Hoje em dia existe um projeto intitulado de “O palco do choro”, onde uma sexta-feira do mês, o grupo se encontra no Museu dos Três Pandeiros e convida algum artista para tocar músicas e homenageá-los.

De uma simples roda de choro em um bar da Avenida Almirante Barroso, em Campina Grande, que nasceu esse grupo que leva junto com as canções, alegria e esperança para esse gênero não se perder na história da música brasileira. Os cinco integrantes carregam em cada instrumento suas vivências e experiências para junto com suas músicas aproximar o público dos grandes artistas que fizeram sucesso nacional e internacionalmente, e não deixar se perder o que é original do Brasil, que nesse caso é a música.

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