Para fechar o ano de 2017 com chave de ouro, o programa Gente Nossa fez sua última edição do ano no dia 20 de dezembro, e o nosso convidado especial foi Toninho Borbo, que contou um pouquinho sobre a sua história como cantor e os seus albúns lançados.
Wilton Felipe de Oliveira foi “batizado” artisticamente pelo nome de Toninho Borbo graças ao seu pimeiro disco intitulado de “Do beco ao eco” e foram seus colegas Mário Filho e Eduardo Lima que persuadiu a mudá-lo para um nome artístico, pois segundo eles Wilton Felipe era um nome sem efeito no mundo musical.
Seu gosto pela música começou do berço, a mãe de Toninho canta e o pai além de gostar de música, tocava piano e violão. Aos 14 anos de idade começou sua carreira e a partir de então se lançou no meio musical de forma bastante sutil. Quando adolescente seu pai sugeriu que tocasse violão, logo não teve demora, se beneficiou de dois amigos que estudavam no Dart Arte – Departamento de Arte – e uma vez na semana eles passavam as aulas teóricas, mas logo após se aprimorou e toda essa parte instrumentalista começou fluir.
Por gostar muito da MPB, Toninho Borbo tem como referência Caetano Veloso, admira aqueles cantores da MPB que tem o lado mais cronista que músico, tanto é que nos anos de 1997 e 1998, precisando de uma graninha, Toninho começou a fazer shows em barzinhos e a partir daí reproduziu Caetano Veloso, Alceu Valença e Gilberto Gil, cantores consagrados da MPB.
Em 2001 fez o seu primeiro show no Festival de Inverno em Campina Grande, intitulado de “Razão Profana” que também leva o nome de sua música, e esse show foi algo bem misto, com músicas dele e de outros artistas; mas foi a partir de 2002 que ele fez algo mais próprio, incluindo as músicas e a parte estética dos shows e discos.
Suas diversas faixas lançadas o consolidaram como artista campinense, entre elas a música “Não merece”, que está presente no seu segundo trabalho, o EP Toninho Borbo lançado em 2005, essa música foi a única a ser escolhida do Brasil na promoção de uma habilitadora de celular para virar rit polifônico, a partir de então teve que deixar sua vida acadêmica e viver as oportunidades que estavam surgindo como músico.
Em 2007, lançou o “Para fins de mercado” através do Fundo de Incentivo à Cultura que tava surgindo em Campina Grande, a novidade do disco era que ele foi feito em uma nova tecnologia que estava surgindo no momento que era o MSD – o Semi Metalic Disc – que barateava em até 70% do custo de produção do disco, então a partir dessa estrategia ele conseguiu lançar esse terceiro disco.
Em 2010, este último disco chegou nas mãos de Ronaldo Bastos que é proprietário da Dubas, uma gravadora do Rio de Janeiro, e logo após de ter feito contato com a empresa, a produtora executiva retornou dizendo que gostou do trabalho e que via um bom futuro pela frente e desde emtão Toninho tem uma parceria com a Dubas desde essa época, a partir de então ele foi consolidado como cantor profissional
Falando sobre música, a canção que lhe marcou foi “No meio da guerra”, em que conta a história de Campina Grande e está presente no disco “Para fins de mercado”, em que o impulsionou como profissional assinando o primeiro contrato.
Com seu quinto disco à bordo, o “Biplano” que é uma homenagem ao seu pai e sua mãe. Neste disco ele reúne grandes artistas paraibanos, como Chico César, Seu Pereira, Sandra Belê, entre outros, sua intenção é fazer um disco mais integral, reunindo os grandes nomes da música nordestina.
Toninho Borbo, além de cantor, compositor e instrumentista é também produtor cultural, ele consegue enxergar o lado cultural de uma maneira apaixonante e mais que isso, ele busca sua própria identidade dentro do gênero que lhe atrai, o MPB. Ao falar sobre os apoios governamentais, ele sugere que é muito mais que o município apenas apoiar, mas também partir dos próprios artistas o diálogo sobre os fundos distribuídos do governo e que podem favorecer as diversas classes no âmbito musical, cultural e artística.
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