“Arquiteto por profissão, poeta por vocação, matuto por convicção”. É assim que Jessier Quirinio se autodefine! O poeta ficou conhecido pela habilidade de lidar com as palavras e rimas, e não é a toa que ganhou a fama de “arquiteto da poesia”.
Jessier Quirino nasceu em 1954, em Campina Grande, formou-se em arquitetura, pela Universidade Federal da Paraíba em 1982, sendo ele escritor, compositor e artista de palco.
Tudo começou com o prazer de ouvir e contar histórias. Na infância, o m
enino tímido já admirava os causos e versos, mas ainda resistia ao mundo da poesia. Com o passar do tempo, a timidez foi perdendo espaço para o talento e ele foi aperfeiçoando o dom com as palavras e encantando plateias por onde passava.
Hoje, Jessier Quirino é considerado um dos principais representantes da cultura popular nordestina e recita suas poesias com humor e emoção. O artista paraibano é dono de um estilo próprio e prende a atenção do público declamando a boa arte nordestina. Quirino faz uma apresentação poética e musical composta por causos, poesias e canções autorais, onde procura mostrar e retratar o bom humor e a esperteza do matuto sertanejo – fonte de inspiração, em tom poético e literário.
Sua obra não se resume apenas aos versos. Autor de oito livros: Paisagem do interior; Chapéu mal e lobinho vermelho; Política de pé de muro – O comitê do povão; Agruras da lata d’água; Bandeira nordestina; Prosa morena; Berro novo e Papel de bodega, o artista também lançou os CD’s Paisagem de interior volumes 1 e 2. Além disso, têm na carreira, inúmeros causos, músicas, cordéis e outros escritos.
Sua principal característica é sem dúvida, a memória. E o que ele faz para decorar tantas rimas? Ah, isso não sabemos! Mas o que de fato temos ciência é de que a sua lista de versos é infinita. Poemas sobre política, futebol, mulher, profissões, entre outros diversos temas, faz parte do seu repertório. E foi através da diversidade e humor com que conta os causos que o poeta, considerado em algum momento de sua vida como “cabra tímido”, acabou transformando-se em um verdadeiro “domador de palavras”, capaz de transformar um simples fato em uma grande e divertida história.
Apaixonado pela figura do matuto, Jessier segue declamando a vida simples do povo nordestino e defendendo a bandeira da cultura popular por todo país.