Seminário sobre os Festejos Juninos no Contexto da Folkcomunicação e da Cultura Popular

Campina Grande, 11 de junho de 2009
 O Seminário Os Festejos Juninos no Contexto da Folkcomunicação e da Cultura Popular é um evento realizado todos os anos pelo Departamento de Comunicação Social da Universidade Estadual da Paraíba, juntamente com a Prefeitura Municipal de Campina Grande-PB. Em entrevista, o Professor Dr. Luiz Custódio, da UEPB, que é um dos idealizadores do Folkcom e o atual coordenador do projeto, falou para a turma do terceiro ano de Jornalismo , o que é o Seminário, um pouco de sua história, as mudanças ocorridas e o foco que será dado ao Folcomunicação 2009 que este ano está na 6° edição.
 

Turma: O que é o Seminário Folkcom?
 
Luiz Custódio: O Seminário os Festejos Juninos no Contexto da Folkcomunicação e da Cultura Popular, é um evento que já está na sua 6° edição e tem por objetivo analisar anualmente as transformações que estão ocorrendo nas chamadas manifestações da Folkcomunicação e da cultura popular, essa análise dá ênfase aos festejos juninos porque o evento começou inspirado no Maior São João do Mundo. Além dos festejos juninos, observamos também o que está acontecendo nas festas populares de uma maneira geral, quais são as mudanças e os fatores que estão contribuindo para que elas aconteçam. Cada edição do Folkcom tem um tema diverso. Sempre inspirados em Luiz Beltrão que foi quem concedeu as teorias da Folkcomunicação.
 

Turma: Qual o tema desse ano?

Luiz Custódio“Folkcomunicação, Educação e Cultura Popular”. Este ano estamos trabalhando com a educação, iremos analisar como é que o folclore e a cultura popular podem ajudar nos processos educativos, os grandes desafios que os educadores tem e como as manifestações culturais podem ajudar a melhorar os nossos procedimentos pedagógicos.
 
Turma: Como esse Seminário foi criado?
 
Luiz Custódio: O Folkcom começou quando o Professor José Marques de Melo ia receber um prêmio na UFPB de João Pessoa, em 2004. Era próximo aos festejos juninos, então tivemos a idéia de trazê-lo de João Pessoa a Campina Grande, para fazer uma palestra aos alunos e professores do DECOM, ele aceitou. Começou a aparecer idéias, pensamos em trabalhar a Folkcomunicação em relação aos festejos juninos e trazer também outras pessoas para falarem sobre o tema. Montamos assim o 1° Folkcom, eu e as professoras Gorete e Socorro Palitó. Quando menos esperávamos a UFPB entrou em greve e adiou a vinda de José Marques. Porém conseguimos a passagem dele para vir a Campina, com o vice-reitor da UEPB da época e aconteceu o 1° Folkcom. Foi muito bonito, os grupos folclóricos da universidade se apresentaram, fizemos uma comemoração de aniversário para José Marques, muitos livros foram lançados e vendidos. Daí veio o 2°, que já foi mais consistente e aprofundado, hoje o seminário já faz parte do calendário dos festejos juninos da cidade e a universidade nos dá muito apoio juntamente com a prefeitura.
 
Turma: Quais as dificuldades e as perspectivas para o futuro do Folkcom?
 
Luiz Custódio: As dificuldades vão aumentando a medida que o evento cresce, mas nós procuramos os mecanismos para superá-las. Este ano está sendo gratificante trabalhar a questão da educação e acredito que será cada vez mais desafiador construir o Folkcom, fortalecendo-o cada vez mais, quem sabe sendo futuramente transformado em um congresso para discutir os festejos populares. Temos ainda dificuldades do público interno, da própria universidade,do departamento onde há pessoas que não se envolvem como deveriam, mas quanto ao público externo há interesse e aceitação, recebemos esse ano uma quantidade boa de trabalhos de fora, como de São Paul

Turma: Qual é o público-alvo do evento?
 
Luiz Custódio: São os estudantes e professores de comunicação e áreas afins, jornalistas, radialistas, agentes comunitários, produtores culturais, professores de 1° e 2° grau e lideranças comunitárias. Abrimos para todos os seguimentos sociais.
 
Turma: Como você pretende popularizar o evento?
 
Luiz Custódio: Pelas ideias originais de Luiz Beltrão a Folkcomunicação é a comunicação do povo, por isso o evento é uma atividade de extensão, mas que é aberta ao público. Por isso, esse ano estamos oferecendo oficinas de “Folclore, Educação e Cultura Popular” e “Confecção de Bonecas de Pano”, que serão realizadas em um centro cultural ligado à academia, mas a ideia no próximo ano é que sejam utilizadas as SABS e Clubes de mMães para as oficinas. Não sabemos ainda como será a repercussão, mas estamos apostando nessas oficinas.
 
Turma: Quais as principais mudanças ocorridas desde o primeiro Seminário até agora?
 
Luiz Custódio: As principais mudanças estão ocorrendo na quantidade de mesas que estão sendo propostas a cada ano, os grupos de trabalhos, as oficinas. No primeiro ano do evento tivemos apenas duas palestras. Além dessas mudanças, cada ano há um tema diferente que é escolhido com muita antecedência.

Turma: Como se inscrever no Folkcom 2009, onde e quando ocorrerá?
 
Luiz Custódio: As inscrições já estão sendo feitas no DECOM, custam R$ 25,00 para estudantes e R$ 50,00 para profissionais, serão feitas até o dia do evento. As inscrições para trabalhos já se encerraram, pois já demos um prazo de um mês. O evento ocorrerá nos dias 18, 19 e 20 de junho, na Cesrei, noTeatro Rosil Cavalcante e no Museu de Artes Assis Chateaubriando.

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