Transmitida de geração para geração, a comercialização de fogos de artifício, é uma tradição junina que, ao mesmo tempo que passa por um processo de modernização, ainda consegue produzir o mesmo encanto que conquistava nossos avós há décadas

Atualmente, este processo de comercialização sofisticou-se. A maioria dos fogos comercializados em Campina Grande são fabricados em Minas Gerais. Os bazares ganharam novas estruturas e mais segurança, graças às fiscalizações anuais realizadas pelo Corpo de Bombeiros e pelo Fundo Especial de Segurança Pública – FESP. Todos os bazares devem ter alvará de funcionamento, extintores de incêndio em condições ideais de uso.

Diferente do que muitos imaginam, a tradição de soltar fogos de artifício não ficou perdida no tempo. Segundo Valéria Lopes, que comercializa fogos de artifícios há 25 anos “As vendas melhoraram porque cada ano vai se renovando, a gente recebe mais novidades. Antigamente só tinha o básico”.

No São João, a época em que esta prática é constante, crianças, jovens e adultos possuem várias opções de produtos que garantem mais luz e cor às brincadeiras. Estes artefatos juninos se dividem em quatro classes de acordo com faixa etária e periculosidade: A, B, C e D. Traques, chuveirinhos e bombinhas palito pertencem à Classe A, indicada para crianças com faixa etária em torno de 10 anos; Morteiros, girândolas, vulcão e twister pertencem à Classe D, que devem ser usados por quem tem experiência e maiores de 18 anos.

A segurança dos consumidores na hora de manusear os fogos de artifício também é essencial. Todos os produtos possuem em sua embalagem um manual de instruções, assim como a composição química e os profissionais responsáveis pela confecção dos fogos com o número do CNPJ do fabricante.

De acordo com o comerciante Marcos Florêncio de 49 anos, que desde criança já ajudava o pai na venda de fogos de artifício, as instruções e todos esses elementos que estão descritos na embalagem são de fundamental importância pois desta forma o médico ou responsável saberá como agir em caso de acidentes.

Além dos fogos, nos bazares também são vendidos artesanato. Bonecos de jornal reciclado e estopa, bandeirolas, balões e fogueiras ajudam a complementar a renda. “Minha esposa quem faz tudo. Esse ano, a gente está usando muito verde e amarelo em clima de copa do mundo”, disse Marcos Florêncio.

Um dos locais mais conhecidos de comercialização de fogos, em Campina Grande, fica localizado na Avenida Senador Argemiro de Figueiredo, Bairro do Catolé, atrás do Terminal Rodoviário Argemiro de Figueiredo. A média de preços varia 1,80, para os produtos mais simples a 300,00 reais pelos mais sofisticados. Desde que usados de acordo com as normas de segurança, eles garantem a beleza da festa junina e podem ser usados por todos que desejam passar adiante esta tradição.