A arte de cozinhar tem sofrido muitas adaptações ao longo dos anos. Seu processo está associado a história e cultura de uma sociedade. A história da culinária remete desde os primórdios da humanidade, à confecção de alimentos, fazendo-se necessário a utilização de instrumentos, ingredientes e técnica.
No Nordeste brasileiro, a culinária junina desempenha papel fundamental como marca registrada das festas regionais que permeiam a temporada das comemorações embaladas pelos santos Antônio, João e Pedro, principal evento nordestino. É diversão e alegria o sinônimo do São João. É também, sabor e nutrição, o sinônimo das comidas juninas, cujo, principal ingrediente é um dos cereais mais saborosos, o milho.
Em época que antecede o mês de junho, o padroeiro da chuva e do sertão, São José, tem em seu dia, 19 de março, a esperança de centenas de agricultores, depositadas na chuva, que tradicionalmente cai em seu dia, sinalizando uma lavoura promissora com muita fartura, o que colabora para a colheita satisfatória do milho e, conseqüentemente para a comercialização abundante desse cereal indispensável na elaboração das principais comidas juninas, a exemplo da canjica, pamonha e do mungunzá.
O milho proporciona ao paladar, seja do mais simples ao mais exigente, a sensação de saborear um alimento rico, tanto do ponto de vista nutricional e visual, esse primeiro, contendo fibras, carboidratos e vitaminas do complexo A e B, já o segundo, fazendo jus ao ditado popular que diz “come-se também com os olhos”, pois, a cor primária do milho, o amarelo, é segundo a cromosofia, uma cor estimulante, sem dúvida reflete uma aparência atraente aos olhos do degustador.
As comidas juninas, contém em sua maioria, um campeão de nutrientes e calorias, a utilização indispensável do milho, é sinal da boa aceitação que o mesmo exerce para as ambas funções, sejam elas, do paladar ou da enorme qualidade nutritiva,que o mesmo oferece.