Quadrilhas juninas: Estilo, cor e alegria

Campina Grande, 31 de maio de 2012

Quadrilha Moleka 100 Vergonha se apresentando no Parque do Povo

As quadrilhas juninas se afastam, cada vez mais, do figurino tradicional afim de ganhar a atenção do público.Os vestidos quadriculados, o chapéu de palha, e os cenários mais simples foram ficando para trás, depois do surgimento das chamadas “quadrilhas estilizadas”. Essas por sua vez, desafiaram a tradição e criaram um novo jeito de apresentar-se ao público.

Os vestidos quadriculados simples foram substituídos por vestimentas mais brilhantes e coloridas, e os chapéis de palha estão cada vez mais enfeitados.
Fitas e tecidos coloridos, papéis, paetês e muita criatividade.

Assim que o São João termina, os organizadores das quadrilhas juninas já começam a pensar na festa do ano seguinte, e também no cenário, roupas e acessórios que serão usados pelos componentes do grupo.A busca por um tema impactante, musicado, e que possa ser bem desenvolvido, leva tempo e pesquisa.

Depois desses processos, algumas quadrilhas promovem atividades como bingos e festas, além da procura por patrocinadores, tendo como intenção principal ajudar os dançarinos e outros integrantes no pagamento de seus figurinos, e na compra dos que serão materiais usados nos adereços e cenários.

Segundo Walfrido Porto, que já trabalhou na quadrilha Moleka 100 Vergonha, campeã do concurso de quadrilhas local do ano passado, cada roupa custa em média R$ 450,00 para as mulheres, por usarem vestidos e acessórios mais detalhados, e R$ 200,00 para os homens.

Tendo como foco os concursos e competições, as quadrilhas não economizam esforços. Além dos passos bem ajustados e da alegria, há um conjunto de fatores que são de tamanha importância para a decisão dos jurados.

“Para os concursos de quadrilha existe uma categoria chamada Casamento Matuto. Ele tem todo um conjunto de adereços e cenografia só dele. Dura aproximadamente 4 minutos,pode ser no início, no meio ou no fim da apresentação e é obrigatório, pois soma pontos para o grupo.” explica Walfrido.

Reportagem : Ana Cláudia Cavalcante
Edição:Jefferson Gustavo
Imagem: Ana Cláudia Cavalcante

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