Muitos são os ícones dos festejos juninos: as fogueiras, as bandeirolas, os balões, comidas de milho e logicamente os fogos de artifício. A pólvora, principal componente dos explosivos, foi criada na China há aproximadamente 2000 anos. Hoje os espetáculos pirotécnicos se fazem indispensáveis em comemorações dos mais diversos tipos, e sobretudo, no São João.
Para a comercialização dos fogos, devem ser seguidas as leis criadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO). Entre as recomendações estão a verificação, na embalagem do produto, do nome do fabricante, número de registro do Conselho Regional de Química, além das instruções de distância, efeito principal, e do número de tiros nos casos de foguetes e afins. A lei que pune os vendedores e fabricantes está no artigo 16, de nº 10.823/03 e prevê a pena de três a seis anos, além de multa, para quem possuir, fabricar ou comercializar fogos de artifício sem a devida autorização da Lei.
O barraqueiro João Carlos Ribeiro (46), desde criança acompanhava seu pai na comercialização dos fogos. Foi ele o pioneiro nas vendas de fogos de artifício na cidade de Campina Grande, chegando até a vender na Praça da Bandeira. Com um bazar há mais de 15 anos, seus fogos são oriundos da cidade de Santo Antônio do Monte – MG, uma das maiores produtoras do Brasil. João destacou que a maioria das queimaduras não são causadas por fogos de artifício, e sim por descuidos caseiros. “Já presenciei durante toda a minha vida duas explosões em barracas, por isso temos bastante cuidado no manuseio e conservação dos fogos”, disse.
A Barraca do João é aberta durante o ano todo, vendendo mais em razão de comemorações de jogos, prefeitura, festas, eventos, etc. Os explosivos mais procurados são os infantis, conhecidos popularmente como “peido-de-velha”, “ratinho”, “trac-trac”, “chuveirinho”, entre outros. “Os fogos de artifício são um dos símbolos das festas juninas, assim como as comidas típicas, as fogueiras, e os balões, são eles que deixam o céu e a terra cheios de luzes”, finalizou.
Edição: Lourival Salviano
Imagens: George Silva