São João e internet como fontes de renda

Campina Grande, 25 de junho de 2012

A aposentada e dona de casa Adélia Andrade é natural do município de Taperoá e reside em Campina Grande. Tornou-se conhecida na cidade por alugar roupas juninas há mais de vinte anos, e afirma que hoje deseja usar as redes sociais como forma de divulgação para seu trabalho.

O interesse por roupas juninas surgiu quando sua filha tinha cinco anos de idade e dançava em quadrilhas nas festas juninas escolares. A cada ano, um novo vestido era criado, e com o passar dos anos, Adélia resolveu alugar os vestidos antigos que não eram mais usados, e assim teve início o seu trabalho. Para aumentar as opções da clientela, a dona de casa confeccionou mais peças, e assim encontrou uma forma para aumentar a renda familiar no período junino sem a ajuda de um órgão financeiro ou empreendedor.

“Apesar de nossa cultura popular local ter passado por algumas transformações como a descaracterização das quadrilhas juninas e por algumas dificuldades como a falta de incentivo e de patrocínio, a procura pelo o aluguel de roupas juninas não enfraqueceu” relatou a aposentada.

Adélia afirma que atende a um público específico, que é composto por moradores das cidades do interior do stado, como Aroeiras, Lagoa Seca, Mogeiro, Montadas e Puxinanã, que ainda preservam a tradição junina nas escolas. Poucos bairros campinenses mantêm a tradição, ainda que a quadrilha seja estilizada, como a premiada Mistura Gostosa, do bairro do Monte Santo.

Apesar de dispor de um perfil em uma rede social, a dona de casa lamenta não ter mais habilidade com a Internet, pois sabe o quanto a rede mundial de computadores é importante, principalmente quando se trata de divulgação. “Quando meus filhos moravam comigo divulgavam meu trabalho, atualizavam meu perfil. Tínhamos também um cadastro que continha os dados dos clientes, e isto facilitava bastante meu trabalho. Atualmente eles moram em outra cidade e eu não tendo muita habilidade com a internet. Deixei de divulgar e atualizar meu trabalho”, disse.

Segundo Adélia, as pessoas encontram na internet alguns materiais sobre o trabalho realizado por ela, mas lhe cobram algo mais atualizado, com mais informações e detalhes. Ela afirma que aos poucos está se interessando por este novo meio de divulgação, que alcança um maior número de pessoas e consegue maior visibilidade.

Edição: Lourival Salviano 

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