Com a seca castigando a região paraibana, o cultivo do milho tem ficado cada vez mais difícil para os que esperam a cada dia, por chuvas em suas terras.Os mais castigados são os agricultores, que aproveitam da chuva para fazer o corte da terra, o plantio, garantir o sustento da família e uma renda a mais durante a época. Alguns apostam na chuva de São José, aquela do dia 19 de março, mas nem sempre a alegria vem.
É o caso da agricultora Francisca Natália. Ela mora na cidade de Arara, e contava com a chuva de São José. “ Nós agricultores sempre esperamos uma resposta do santo para começarmos os trabalhos, mas esse ano não foi como esperávamos e o cultivo só atrasou. Mas se Deus quiser, tudo isso melhora. É o que a gente espera”, relata agricultora, de 72 anos. Para os produtores rurais, como dona Francisca, a chuva de São José é fundamental para saber se o ano rende ou não.
Os comerciantes percebem que o milho é um dos alimentos que geram o maior faturamento na época, porém esse ano o valor aumenta significativamente. Socorro da Silva, de 51 anos, explica a alta nos preços. “No mês de Junho o preço do milho duplicará, devido a falta de chuva em toda redondeza”, argumenta a comerciante da feira central de Campina Grande.. A venda e consumo do cereal na época de São João é um símbolo do mês, e faz referência aos festejos de junho, que só se fortalecem ao passar dos anos.
Segundo o estudante de nutrição Arthur Michel, o alimento é rico em carboidratos, tem uma boa quantidade de proteínas, fibras e é rico em energia. “Energia essa, que todo forrozeiro precisa para aguentar os trinta dias de festa do tão esperado São João”, acrescenta. O estudante, de 22 anos, dá uma dica. “Se o milho estiver com a ponta macia e fina, quando pronto para comer, quer dizer que está em boas condições para uma degustação”. As receitas derivadas do amarelinho não podem faltar na mesa dos paraibanos. E esse sim pode ser apreciado sem moderação.