Segundo Álvaro Fernandes, coordenador de cultura do SESC Centro – Campina Grande, o projeto busca a preservação da tradição das manifestações artístico culturais do Nordeste, e a arrecadação de alimentos que serão destinados para o projeto “Mesa Brasil”, do SESC. Esses alimentos serão distribuídos em instituições já cadastradas no SESC. “Há 5 anos o evento vem numa crescente ano após ano e, assim como nos outros anos, esperamos que obtenha êxito e que um grande público o prestigie”, completou.
As apresentações começaram por volta das 19h com o Trio Forró do SESC. Logo depois foi a vez do Grupo Folclórico Tenente Lucena, do SESC de João Pessoa, se apresentar. Na sequência a Quadrilha Arraiá da Felicidade, que é da cidade de Campina Grande, encerrou a primeira parte da noite.
Lenira Rita Gomes, fundadora da Quadrilha Arraiá da Felicidade, comentou sobre a importância da preservação da cultura nordestina: “É importante um evento como este para que não se deixe morrer a tradição. A nossa quadrilha existe há 39 anos e através dela podemos envolver jovens e crianças em um trabalho sadio, onde se ensina valores comportamentais importantíssimos para o bom convívio social, livrando os jovens e as crianças da marginalidade.”Tony Viana, que é vigilante e já vai ao evento pelo segundo ano, comentou que um dos pontos positivos é o fato de ser um ambiente familiar, pode-se ficar mais tranquilo e bem à vontade, curtindo um bom forró. “Como sempre o SESC vem inovando. Ao meu ver, do ano passado para cá, tem bem mais crianças, mais famílias. A festa tá animada, tá todo mundo curtindo e brincando. A apresentação do grupo folclórico e da quadrilha foi o que mais me chamou atenção, é muito bom poder conhecer um pouco mais da nossa cultura”, afirma.
Depois de uma breve pausa, Os 3 do Nordeste subiram ao palco principal e trouxeram sucessos do passado, colocando o público presente para dançar um autêntico forró pé de serra, encerrando, assim, a noite.
Deda, vocalista da banda Os 3 do Nordeste, declarou que a experiência de tocar no Arraiá do SESC era algo muito bom, por ser um evento que resgata a cultura nordestina e ainda busca ajudar as pessoas através da doação de alimentos. Quando perguntado sobre a perda de espaço que o forró pé de serra vem sofrendo para o forró estilizado, declarou: “Estamos no meio de uma competição muito disputada, infelizmente o nosso forró pé de serra está entrando em extinção. Esse evento é importante por estarmos dando continuidade à uma semente que Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Marinês, entre tantos outros plantaram. E hoje estamos aqui colhendo os frutos, pois estamos resgatando o nosso forró pé de serra, que é o verdadeiro forró.”
Fotos:Eduardo Philippe
Editado por: Lucineide Farias