O segundo final de semana da festa junina em Galante foi marcado por problemas de organização e descontentamento por parte dos turistas.
Quem decidiu passar o último domingo (16) festejando no Distrito de Campina Grande – PB, acabou tendo bastante dor de cabeça e precisando de paciência para conseguir aproveitar a festa. Indo contra o Sol, que se fez presente reinando no céu sem nuvens, por todo o dia e do calor que pairava tremulando no ar, alguns fatores causaram o desconforto geral.
O primeiro deles foi estacionar. As pessoas que chegaram cedo em Galante com seus carros, tiveram espaço para guardá-los, mas o mesmo não aconteceu com as mais atrasadas. Quem chegou depois das 10h da manhã, precisou de calma para achar uma vaga. Se não bastassem as centenas de carros e motos, dezenas de ônibus e vans se amontoavam estacionados pelos acessos do Distrito.
Milhares de pessoas andavam e aproveitavam o forró por todos os lados, mas a junção de um montante delas no palco e no Mercado Público somado ao calor, tornava impossível dançar e transitar nesses locais em boa parte do tempo. A superlotação fez com que a Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP) ordenasse para que a polícia rodoviária barrasse a entrada de veículos já na BR 230, a partir das 13h apenas motos eram permitidas.
Muitos foliões que optaram por alternativos, resolveram descer deles e ir andando por quilômetros até Galante. Após 40min de conversas entre policiais e motoristas insatisfeitos com o fato, a STTP voltou atrás na sua decisão e liberou a entrada para todos os veículos.A Locomotiva Forrozeira também levou centenas de turistas à Galante. Com tanta gente, os bares, lanchonetes, espetinhos, restaurantes e afins ficaram com as mesas cheias. Em contrapartida, o estoque de alimentos foi esvaziando. Já no meio da tarde, a situação ficou difícil para quem tinha fome, esses precisaram procurar bastante para encontrar um local “menos lotado” e ter paciência de esperar por mais de meia-hora para ter o pedido atendido.
Por último, a volta para casa foi ainda mais demorada. Quem ficou até o final da festa, às 17h, se arrependeu de não ter ido embora antes, pois a única saída (e entrada) do Distrito ficou congestionada. Os guardas de trânsito que estiveram ali durante o dia, não se encontravam mais no local, o que agravou o problema. Os turistas custaram a deixar Galante, alguns ônibus saíram apenas depois das 20h.Para os campinenses que utilizaram alternativos, houve empurra-empurra para subir nos escassos “955”, única linha de ônibus que faz a rota Campina Grande-Galante. Multidões se espremiam na porta deles enquanto alguns homens adentravam escalando as janelas. O descontentamento com a situação gerou reclamações de todos os presentes.
Fotos: Anthony Souza
Edição: Felipe Valentim