O 18º Salão do Artesanato foi aberto no dia 7 de junho, e faz parte da rede de programação do São João de Campina Grande. “Um Universo de Couro Cultura e Arte” é o tema desta edição, mas no lugar são encontradas produções de muitas outras matérias-primas. Madeira, osso, algodão colorido, cerâmica e fibra são exemplos de outros primários que dão origem aos trabalhos feitos à mão.
Os números dos primeiros quinze dias de evento são animadores. Até o dia 20 de junho, mais de 40 mil pessoas já passaram pelo salão, compraram mais de 24 mil produtos e geraram receita de quase 412 mil Reais.
Quem lidera as vendas é o setor de artesanato, carro-chefe do Salão. Em 14 dias, 11.333 peças foram vendidas, gerando mais de 50% da receita total adquirida, valores que ultrapassam os 283 mil. Em segundo lugar, a gastronomia ganha grande espaço. Mais de 7 mil produtos do gênero foram comercializados, e movimentaram mais de 51 mil reais. Produções de Habilidade Manual também são destaque no G4 de vendas do período: 3.727 peças foram compradas, e são responsáveis pela entrada de quase 51 mil Reais. O Algodão Colorido não ficou esquecido entre os fãs. Mesmo sendo a matéria-prima de preço mais acessível, o artesanato produzido com esse material foi responsável por quase 48 mil reais em vendas. Cerca de 3 mil produtos do colorido foram levados pelos visitantes.
Mais de 4 mil metros quadrados reúnem artistas de diferentes partes do estado. Dorinha, de São Sebastião do Umbuzeiro – Cariri ocidental – é especialista em renda renascença, uma arte nada fácil de tecer. Para produzir artefatos neste estilo, são necessárias três etapas: o desenho, a modelagem e a produção, processos que Dorinha conhece bem. No stand desta artesã, o público-alvo são as mulheres, que têm acesso à peças exclusivas.
Recentemente, o trabalho da paraibana ganhou destaque no Programa de Artesãs Brasileiras. Dorinha foi selecionada para expor suas peças na sede da ONU em Nova York, uma experiência que ela avalia “única”. Um grupo de imprensa da Organização das Nações Unidas esteve na Paraíba para gravação de um documentário com a artesã. O tão esperado dia está marcado para 7 de setembro, em Nova York. “Quero levar nossa arte e cultura para o mundo”, diz emocionada.
Entre o público feminino, outros tipos de arte também ganham espaço. Decoração tem atraído os olhos da Professora Fernanda, que veio de Recife para curtir o São João em Campina Grande. “Estou de olho naquele pufe ali, ó!”, ela mostra o objeto de desejo. Uma espécie de banco, em base de madeira, acento em algodão com formato no símbolo mais romântico para as mulheres: O coração.
Jhony, marido da turista, assume que o que mais gosta de levar para casa são camisas em algodão, por causa do conforto. Já o pequeno Cauã, filho do casal, estava mesmo de olho nos brinquedos, e conseguiu levar um rói-rói – brinquedo sonoro feito em madeira – para casa. Os objetos que chamaram atenção do Cauã, e de várias outras crianças, são brinquedos da geração dos que nasceram nos anos 60: Carrinhos de rolimã, marionetes e quebra-cabeças já não são mais tão populares. Mesmo assim, as cores conseguem ganhar os pequenos.
O Salão está aberto até o próximo dia 30 de junho, em dias regulares das 15 às 22h, e nos dias 22, 23, 29 e 30, o espaço será aberto mais cedo, às 11h da manhã.
Achados do Repórter Junino
– Vinho de Jabuticaba.
– T-shirt de algodão colorido: “O Gigante Acordou”.
– Decorador Filtro dos Sonhos, feito com penas coloridas.
– Arranjos, feitos com escama de peixe.
– Luminárias em madeira.
– Almofadas relaxantes para pescoço, em formato de bichinhos, feitas em algodão.
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Fotos: Artur Lira
Edição: Renata Fabrício