São João de Campina tem ballet no Teatro

Campina Grande, 28 de junho de 2013

O espetáculo foi apresentado no Teatro Municipal Severino Cabral.

Quando se fala no mês de junho é impossível não associá-lo aos festejos populares que dão vida à cultura e economia da região nordeste. Bem como é difícil não relacionar de imediato Campina Grande com a sua maior manifestação cultural, O Maior São João Mundo. A festa chega este ano na 30° edição.

Mas não é só de forró e arrasta-pé que vive o campinense no mês de junho, outras misturas também fervilham no gosto do povo, como as artes mais eruditas ou contemporâneas. Apresentando o espetáculo “Dança Nordeste”, o Ballet da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) trouxe para a programação do São João na noite desta quinta-feira (27), no Teatro Municipal Severino Cabral, a arte da dança clássica sob o contexto junino, mostrando que é possível unir o erudito e o popular.

Ambientado na cidade fictícia de “Nordestina”, a apresentação contou com a performance de 14 bailarinos, se revezando em três atos embalados pelo coco, a ciranda, o cavalo marinho, dentre outras ideias que representam os costumes e tradições deixados por nossos antepassados.

A proposta surgiu da parceria entre a Pró-Reitoria de Arte e Cultura da UEPB e do diretor e coreógrafo cearense Fredson de Sousa, na tentativa de mostrar ao público as nuances e raízes presentes no regionalismo paraibano. “Foi um grande desafio construir o espetáculo usando esta temática. Nós estamos trazendo a peça para este palco não só por ser uma alternativa, um novo espaço dentro dessa festa junina, mas para que as pessoas possam observar os mais importantes aspectos de sua identidade cultural, vistos de uma outra maneira”, explica Fredson.

O projeto Ballet UEPB, fundado em 2005, tem levado a dança clássica para crianças e jovens que não possuem condições financeiras para custear as aulas. Para a bailarina Otávia Ohana, de 15 anos,  o amor pelo ballet é o que a vem motivando durante os sete anos em que atua pela companhia. “É uma sensação que não dá para explicar. Uma emoção compartilhada com o público e os colegas do grupo. É simplesmente mágico”, enfatiza.

Fotos: Bismarck Viana
Edição: Renata Fabrício
 

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