A Secretaria Municipal de Cultura de Campina Grande promoveu na tarde desta quarta-feira (03), uma agradável e animada festividade junina para as 67 apenadas do Presídio Feminino da cidade. A iniciativa que está em sua 2° edição, objetiva por meio da cultura, contribuir com o processo de ressocialização das detentas.
“Esta é a ação de uma política pública, um princípio de ressocialização”, salientou a secretária de cultura Marlene Alves. A

A secretária Marlene Alves falou com a equipe do RJ

Integrantes da Junina Cambebas.
Em seguida, as presidiárias se divertiram com o ritmo e o improviso da dupla de emboladores de Côco “Canário de Guriem e Lavandeira”, que do começo ao fim de sua apresentação ‘arrancou’ risos das presentes. Canário enfatizou que o propósito da dupla é levar coisas boas para essas pessoas. “Queremos que elas reflitam que o bom é ser livre. Que esqueçam o passado e pensem no futuro”, afirmou o embolador.

Peças de artesanato confeccionadas pelas detentas.
O trio “Zabumba Folia” também animou a festa. Quando o grupo tocou a música “Me diz Amor” do cantor Flávio José, todas as presentes se renderam ao autentico forró pé de serra.
No presídio há 1 ano e quatro meses, Liliane Freitas relatou que o festejo é um momento de socialização, “é uma forma da gente desopilar”. O mês de junho é muito importante para a apenada, já que no dia 26 ela faz aniversário. “Já que é meu aniversário, aí é mais um motivo de festa. O que eu mais gosto no São João são as comidas típicas, até porque sou sertaneja”, revelou Liliane.
“O encarceramento traz muita angústia, mas devemos lembrar que elas estão afastadas e não excluídas da sociedade” relatou a diretora adjunta Silmara Araújo afirmando também que outras datas como Dia das Mães, Dia das Crianças e Natal são comemoradas no presídio feminino.
Esta parceria com a prefeitura oportuniza reavivar a cultura nas apenadas, como salientou a diretora da Penitenciária

Arrasta-pé na penitenciária feminina de CG.
“No presídio tem arte, cultura e humanidade. Estas mulheres estão presas, só que não é por isso que vamos torturar ou maltratá-las, mas sim trazer cultura e educação para elas”, concluiu a diretora da unidade prisional. Com estas ações, a direção da penitenciária pretende modificar a maneira com que o resto da sociedade enxerga este espaço.
Fotos: Felipe Valentim