Para além do arrasta pé: música para todas as tribos

Campina Grande, 23 de junho de 2014

Texto: Renato Araújo

Fotos: Rafael Gonçalves

 

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Frente do Bar do Tenebra, que fica atrás dos camarotes, no Parque do Povo.

Período junino é sinônimo de muito forró e arrasta-pé, mas há quem não aprecie esse contagiante ritmo nordestino. Há quem vá ao parque do Povo para curtir um ritmo diferenciado e encontrar um público alternativo, diferente dos estereótipos já conhecidos que circulam diariamente no quartel general do forró.

Foi com essa ideia que Emerson Tenebra decidiu oferecer um espaço que desse essa opção aos frequentadores do Maior São João do Mundo. Iniciado com a venda de uma bebida destilada com o nome “Misteriosa do encantado”, o Bar do Tenebra completa seis anos de funcionamento em Campina Grande. A proposta do bar, segundo o proprietário, é oferecer um espaço de lazer e que desse o destaque a toda e qualquer tipo de musicalidade.

“Sou viciado em música e busquei isso a vida toda, a ideia era criar um espaço que desse destaque a todos os ritmos, desde que tenham qualidade. Existe qualidade em todo tipo de música, assim como existe pobreza em todo tipo de música. Os forrós  enlatados não tocamos aqui nem a pau” , explicou  Tenebra à equipe do REPÓRTER JUNINO.

O proprietário ainda explicou que o diferencial do seu bar é a interação e o prestígio que o público dá aos artistas que se apresentam, e que não é apenas mais um bar que oferece voz e violão sem o público perceber. Os frequentadores mais comuns do estabelecimento são estudantes e professores universitários, jovens, público GLS e de tribos musicais, a exemplo dos Maluco-beleza (grupo de fãs do cantor Raul Seixas) e poetas.

“Muitos confundem o bar Tenebra como um bar GLS puro, aqui nunca foi e não permiti que fosse. Aqui é um bar tribal, onde todas as tribos se encontram”,  esclareceu Tenebra, que leva o nome do bar.

Dentre os frequentadores do “bar do Tenebra” está o estudante Arthur de Nóbrega, natural de Brasília e que há um ano e meio mora em Campina Grande .  Cursando Ciências Sociais na UFCG, o estudante relata que uma das suas bebidas preferidas é a caipirinha. Quando indagado se considera o Bar como um local alternativo, Arthur ele é bem enfático: “ O público é alternativo, mas o bar não”.

Um outro jovem que frequenta o bar de Tenebra, é o estudante do curso técnico de Petróleo e Gás do Instituto Federal da Paraíba – IFPB,  Johnny Glaydson. O estudante além de frequentar o bar também já se apresentou com a sua banda de Rock, chamada Damage, e acrescenta que o bar acaba sendo um opção em meio aos poucos locais para se apresentar. “Ele dá essa oportunidade para que outras bandas se apresentem , já que aqui em Campina Grande as opções são poucas”, finalizou o estudante.

 

Edição de Texto: Adriana Alves Rodrigues

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