A pirâmide do Parque do Povo, nesta última sexta (27), serviu de palco para as apresentações das quadrilhas juninas que mais se destacaram esse ano,como a campeã e vice-campeã do “Festival de Quadrilhas de Campina Grande”, “Moleka 100 Vergonha” e “Tradição da Serra” e as quadrilhas “Junina Cambebas” e a “Arraial em Paris”, campeã e terceira colocada, respectivamente, da etapa Agreste do Festival Estadual de Quadrilhas.
A primeira a abrir o show de muito brilho e empolgação foi a quadrilha “Arraial em Paris”, do bairro dos Cuités com o tema “Nascido desse Chão” que exaltou seu figurino através das cores do algodão colorido e do milho. O enredo da quadrilha apontou para importância de reconhecer e não esquecer as nossas raízes.
“Perdão eu tenho pra vender, quem quer comprar?”. Esse foi o tema da quadrilha “Junina Cambebas”, a segunda a se apresentar. Com cenários e figurinos detalhados e tematicamente bem construídos, o “perdão” foi evidenciado de várias formas: o pedido de perdão da noiva antes de se casar, o pedido de perdão antes da morte e o perdão aos pecados do dia-a-dia. Segundo o dançarino Luciano da Silva, a ideia do enredo surgiu de súbito na tentativa de encaixar um trecho da musica “Feira de Mangaió” com o “perdão”.
A penúltima quadrilha a apresentar-se foi a “Tradição da Serra”, do bairro Santa Rosa. A quadrilha teve algumas dificuldades inicialmente pois os cenários que compunham o seu enredo não puderam ser levados ao local, devido ao comparecimento da mesma em um concurso no dia seguinte na cidade de Caruaru-PE, o “noivo” não pode estar presenta e dessa forma a noiva apresentou-se sem acompanhante. Mas esses problemas rapidamente foram deixados de lado quando os integrantes da quadrilha deram inicio ao espetáculo cantando a música “Maria, Maria” dos compositores Milton Nascimento e Fernando Brant. A música que fez referência ao tema “Maria, a flor do bem querer”, levantou coro da platéia, que relembraram várias figuras icônicas de nome “Maria”, como Maria Bonita e Maria mãe de Deus. Uma curiosidade chamou a atenção das pessoas, durante toda a apresentação da “Tradição da Serra”, três mímicos, integrantes da quadrilha, faziam brincadeiras ao redor da platéia.
Com o tema “Sol e chuva, casamento da viúva” a “Moleka 100 Vergonha” foi a última e a mais aguardada a se apresentar na pirâmide. Esbanjando sincronismo nas coreografias, beleza e muita música, os integrantes mostraram por que são referência estadual quando o assunto é quadrilha junina. E esse reconhecimento é fruto de muito planejamento, segundo o presidente da quadrilha, Mahatma Gandhi, “A preparação para o período junino começa um ano antes, ontem mesmo começamos as primeiras reuniões” disse.