Quadrilheiros criticam espaço da Pirâmide do Parque do Povo para a realização do Festival Municipal de Quadrilhas Juninas

Campina Grande, 8 de junho de 2016  ·  Escrito por Aldair Rodrigues  ·  Editado por Klauber Canuto  ·  Fotos de Dalison Markel
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Equipe de produção da Moleka 100 Vergonha

A noite de terça-feira (08) foi no ritmo frenético das Quadrilhas Juninas de Campina Grande. Isso porque aconteceu na Pirâmide do Parque do Povo, o primeiro dia do Festival municipal entre as Quadrilhas.

Na primeira noite do festival,  se apresentaram: Malícia de Menina / Uma Família em Missão / Junina Moleka 100 Vergonha / Arriba a Saia e Escorrega Mai Não Cai.

Com grandes espetáculos montados, os “quadrilheiros” se apresentaram sobre os olhares dos cinco jurados que fazem a avaliação de cada quesito cobrado nos 30 minutos de apresentação.

A grande expectativa do público presente, era a entrada da Quadrilha Junina Moleka 100 Vergonha, que ao “subir no tablado” foi ovacionada por todos. O que os organizadores da quadrilha e do evento não esperavam, era as dificuldades para a apresentação dos mais de 100 componentes da quadrilha, divididos em pares e equipe de produção.  O espaço da pirâmide acabou ficando pequeno para as coreografias e encenações teatrais da Quadrilha. Outro fator que atrapalhou a apresentação das quadrilhas foram as mais de 400 pessoas que estiveram no local, onde foram montadas arquibancadas para acomodar o público. Mesmo assim, muita gente acompanhou as apresentações nos alambrados, chegando a interferir na hora das coreografias dos quadrilheiros.

Gil Souza, marcador da Moleka 100Vergonha

Para o marcador e coordenador da Junina Moleka, Gil Souza, o espaço não tem como sediar mais esse tipo de concurso. “Não dar mais para promover concursos dessa grandeza neste espaço, precisamos de uma arena maior para poder mostrar o melhor de nós. Passamos o ano inteiro nos preparando para estarmos aqui e na hora da apresentação não conseguimos mostrar tudo que temos, por conta da limitação do espaço”, enfatizou Gil.

Perguntado se a Quadrilha pode ser prejudicada na hora da avaliação dos jurados por conta das falhas na hora da apresentação, Gil disse: “Claro que sim, não conseguimos fazer o nosso melhor como citei anteriormente, porém estamos felizes, acho que fizemos o possível para agradar ao público e não tem recompensa maior do que ver a emoção das pessoas ao assistirem ao nosso espetáculo. Agora claro que queremos ser campeões, mas se não for possível, e ficarmos até em 3º lugar, sairemos satisfeitos por termos conquistado a vaga no Paraibano e no Nordestão”. Disse o coordenador.

Na opinião de Lima Filho, presidente da ASQUAJU (Associação das Quadrilhas Juninas de Campina Grande), o espaço não tem mais condição de sediar eventos desta magnitude. “Infelizmente não há mais condições te realizarmos o evento aqui, precisamos de um espaço maior para que as quadrilhas possam se apresentar com mais conforto e não ter os seus trabalhos prejudicados, pois eles passam o ano inteiro se preparando e precisam mostrar ao público e aos jurados o que tem de melhor, o que se torna impossível de se fazer aqui na Pirâmide do Parque do Povo”, falou.

Apresentação da Moleka 100 Vergonha

Lima Filho ainda destacou a superação das quadrilhas para se apresentarem levando muita emoção ao público que acompanhou o espetáculo. “Ficamos muito felizes por essa dedicação de todos, mesmo em meio a tantas dificuldades eles conseguem levar uma grande emoção ao público. Por esse e outros motivos, estamos em busca de parcerias para que este concurso seja realizado em um espaço maior no próximo ano, que por sinal já está pronto e faremos eventos lá já neste São João. Será uma arena, construída no Sesc centro, onde iremos promover eventos durante todo o ano.

O Festival de Quadrilhas Juninas continua até a próxima sexta-feira(10), na pirâmide do Parque do Povo, tendo início sempre ás 20:00 horas.

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