Museu do Algodão, localizado na antiga Estação Ferroviária de Campina Grande/PB, encanta os turistas e moradores com suas histórias do desenvolvimento econômico e cultural trazido pelo ciclo do algodão desde década de 50 até os dias atuais.
Antes de tornar-se Museu do Algodão, ali já existia a Antiga Estação Ferroviária de Campina Grande, construída pela empresa inglesa GWBR (Great Western of Brazil Raiway) e inaugurada em 1907, deu início ao desenvolvimento econômico da cidade onde facilitou a locomoção de maquinários do algodão, do próprio produto e da população em geral.
Com a chegada do trem a cidade em 1907, por iniciativa e recursos de Cristiano Lauritzen. Campina tornou-se pioneira como o maior pólo econômico de exportação algodoeira do país, o algodão era produzido nas regiões vizinhas, mas a cidade era a única do estado que tinha uma estação locomotiva que levava os passageiros por toda a Serra da Borborema.
Além do desenvolvimento econômico, o trem foi responsável pelo multiculturalismo, ligando o Estado a outros, trazendo em seus vagões costumes, culinária típicas de outras regiões, urbanismo e, um aumento populacional significativo para o desenvolvimento econômico e social da região, um conjunto de riquezas que influenciaram a população campinense até os dias de hoje.
O trem perdeu sua característica exclusiva de exportação algodoeira nos anos 80, porém foi ultrapassado com o surgimento de novas maquinas se estendendo do setor textil, metalurgico, transportes, agricultural e para outros setores da economia que iam surgindo ao passar das décadas, e acabou sendo fechado por anos. O prédio voltou a ser utilizado em 1973 pela EMBRAPA que inaugurou na Antiga Estação o Museu do Algodão, com um acervo histórico de maquinários antigos utilizados para a produção do algodão.
Em 1989, o prédio torna-se o Museu do São João, contudo teve pouca duração por conta dos atos frequentes de vandalismo que aconteciam no local. Finalmente surge o que conhecemos hoje como Museu do Algodão. Inaugurado em 2001 e tombado pelo IPHAEP, possui uma rica coleção de maquinários do algodão, antigas peças utilizadas na estação ferroviária e várias fotos de época, com uma em especial que retrata os moradores da cidade ansiosos pela chegada do trem que quatros horas depois do esperado chega a estação. Por ser um dos pontos turísticos mais visitados na época junina o memorial ganhou mais uma atração o famoso Trem do Forró, que vai de lá até a Galante, lembrando os percursos que a locomotiva fazia nas décadas passadas, no ritmo de muito forró os passageiros conhecem a cultura paraibana do surgimento da cidade até as festividades juninas. O Trem sai por volta das 10 horas da manhã do Museu para a Galante e volta às 16 horas da tarde, funcionando nos sábados e nos domingos de São João. E, nesse sábado (11 de junho) acontecerá a primeira passagem do trem do forró, trazendo uma nova maneira de diversão e conhecimento para os turistas.