Durante os 30 dias do Maior São João do Mundo, Campina Grande respira e transpira forró, afinal, esse é o ritmo que incendeia as quadrilhas e festejos juninos. A festa se mostra cada vez mais diversificada, agregando outros gêneros, como as batidas do maracatu. Foi o que aconteceu na noite deste domingo (12), quando os tambores do Grupo de Percussão Maracagrande adentraram por entre os corredores do Parque do Povo.
Chamando atenção dos campinenses e turistas que aproveitaram para seguir o cortejo até a Palhoça Zé Bezerra, os mais de 20 músicos que formam o Maracagrande juntaram-se ao Trio Jeito Nordestino e fizeram um som ainda mais contagiante para os casais de forrozeiros de uma das ilhas de forró mais frequentadas durante o evento.
Essa relação do grupo de percussão com o São João de Campina, remete a sua própria história. “O movimento começou, antes de ser Maracagrande, com alguns batuques que a gente fazia como resistência cultural, fugindo dessa importação, enquanto outros tipos de cultura que não tinha espaço na festa”, explicou Thiago Tarta, um dos fundadores do grupo que em 2016 completa 7 anos.
Os músicos buscam acender o gosto da população pelo maracatu, coco de roda, e outras manifestações tradicionais da cultura nordestina. Eles já se apresentaram em diversos eventos culturais realizados em Campina e outras cidades. Durante o mês de junho, o Maracagrande é uma das atrações da Vila dos Tropeiros, projeto desenvolvido pelo SESI Paraíba às margens do Açude Velho, com programação gratuita e aberta para toda a comunidade. Por tudo isso, a terra que Marinês e Jackson do Pandeiro adotaram como sua, prova que a mistura dos ritmos torna a festa ainda mais colorida.