O Maior São João do Mundo 2016 proporcionou inúmeras atrações para aqueles que tiveram a oportunidade de ir até o Parque do Povo prestigiar o evento. Mesmo os que não puderam estar presentes tiveram ao seu alcance a transmissão dos shows via internet. Passaram-se trinta dias de festa e alegria, não apenas no Parque do Povo, mas em toda a Campina Grande, e a ornamentação do local mais atrativo da segunda maior cidade da Paraíba na época do São João vem aos poucos sendo desmontada.
De repente, tudo o que até então havia permeado trinta dias de dança, forró e cultura foi aos poucos, delicada e arduamente, sendo removido do cenário urbano do Parque do Povo (PP). Os forrozeiros voltaram para suas casas – os turistas e os campinenses; não era mais possível ir até os vendedores comprar comidas e lembrancinhas – lá, eles não mais estavam; os profissionais do campo da comunicação já haviam voltado a suas habituais redações e o drone, que encantou com os passeios pelo céu de Campina, não mais estava em atuação. Mais uma vez uma edição do Maior São João do Mundo passou pela cidade e pelos corações dos que amam a época junina.
Estrutura
No São João de Campina Grande, planejou-se toda uma estrutura para o Parque do Povo bem atender ao público, a qual começou a ser montada por volta de março/abril. Questionado a respeito do local mais difícil de se construir no local, Vatamir Santos, que faz parte da corporativa responsável pela estrutura PP, não teve dúvidas em dizer que foi a fogueira, a mesma que ainda se pode contemplar na cidade cenográfica.
Seu colega de profissão Ismael Batista, falou a respeito do processo de montagem do palco principal. “Primeiramente, nós colocamos o piso, em seguida a lona, o grid e depois finalizamos com o que falta”, relatou ele, enquanto prestava seu serviço, sob o calor das duas da tarde. Seguindo a ordem de uma forma inversa, logo a estrutura do palco estará desmontada e apenas no ano que vem surgirá novamente na luz de um novo design.
Segurança
Vigilantes e policiais estiveram presentes nas noites de atrações musicais no PP, movidos pela missão de garantir segurança para o público, em um ambiente onde milhares de pessoas estiveram reunidas. Passando em frente à cabine dos vigilantes contratados pela prefeitura para não permitir que o patrimônio público fosse danificado, via-se Hélio Simões, representante desta classe. “Em relação ao ano passado, os índices de violência foram mais baixo neste ano”, contou o senhor. A informação também é ressaltada pelo soldado R. Dias, pois, segundo ele, menos homicídios foram registrados em Campina Grande no período do São João.
Em contrapartida, Maria do Céu, que veio ao evento por cinco noites, contestou a notícia afirmando que a violência aumentou cada vez mais, opinião que ganhou apoio das duas pessoas que estavam ao seu lado. “É lindo o São João, eu acho tão bonito, mas a violência nos impede de viver esses momentos”, relatou a senhora que, indo mais além, mostrou-se insatisfeita quanto ao espaço do PP, classificando-o como apertado.
Condições do local
Em um passeio pelo PP em momento pós-São João, a visão obtida foi de lixo deixado às margens de um espaço público onde transitam centenas de pessoas, o qual era varrido pela equipe do Departamento de Segurança Pública.
Afirmando ser a parte interna do PP o local onde a maior quantidade de lixo é largada, Edmar de Araujo deu uma solução para o destino do lixo. “Um local para as barraquinhas, pode ser um carrinho ou um contêiner, para armazenar lixo”, sugeriu o mesmo. E, com um sorriso no rosto, Edmar, que cuidava da limpeza juntamente com os colegas de trabalho, continuava seu serviço, pondo uma quantidade de lixo no caminhão, sobretudo dezenas e mais dezenas de cascas de coco verde.