O Maior São João do Mundo com toda sua diversidade tem espaço para todas as idades. Desde crianças até idosos. Todos os dias passam pelo Parque do Povo pessoas de diversos lugares do Brasil e do mundo.
As palhoças onde as músicas tipicamente nordestinas são tocadas fazem sucesso e atraem um grande público de idosos animados, que curtem o bom e velho forró pé de serra. Marisa Bezerra, de 57 anos, veio de João Pessoa com um grupo da sua mesma faixa etária. “Eu vim para dançar xaxado, o nosso grupo é da melhor idade. É muito bom vir até aqui! Andamos muito e fazemos apresentações”. O grupo com 50 integrantes produz figurinos para participar dos eventos que visitam. O tema escolhido para a visita ao Parque do Povo foi Lampião e Maria Bonita.
No embalo do forró pé de serra combinado com cores e alegria, Risomar Maria de Rezende, 67 anos, veio do Rio de Janeiro para participar do Maior São João do Mundo. Curtindo o ritmo tradicional, ela veio com a expectativa de encontrar um amor paraibano. ‘’Adoro esse forró pé de serra e já é a terceira vez que participo”, comentou a carioca.
A festa que não conta apenas com as atrações do palco principal. O evento conta, em sua programação, com artistas que se apresentam nas duas palhoças localizadas na parte baixa do Parque do Povo. Nessas palhoças está a maior concentração de pessoas idosas, já que segundo eles é um lugar mais calmo e espaçoso, sem muito tumulto. Mas, ainda, sim, é possível encontrar jovens que também curtem o ambiente mais amplo e característico.
A turista Fabiana Gadelha, de 30 anos, veio do Rio de Janeiro para Campina Grande com o seu esposo. Ela prefere um lugar mais calmo para dançar um forró mais agarradinho. Ela gosta de assistir à apresentação de grupos regionais durante a noite. Essas atrações estão localizadas nas palhoças que funcionam incessantemente nos trinta dias de festa. Os grupos tem se modernizado, as roupas estão mais modernas, mas sem fugir do xadrez de sempre, os instrumentos foram adicionados guitarras e baixos para somar o triângulo, a sanfona e a zabumba.
A tradição tem seguido seu curso junto com a modernidade. É comum encontrar jovens dividindo harmoniosamente o espaço das palhoças com os idosos. O difícil foi saber quem tem mais energia. Irecê Araújo, 58 anos, que desde a década de 1980 participa do São de Campina, também comentou que seu lugar preferido são as palhoças. “É o melhor lugar”, comentou a senhora. “Dançar é o melhor remédio e os idosos que frequentam o Quartel General do Forró o consomem com frequência durante os trinta dias de festa, pois a dança rejuvenesce e o forró é antídoto para a alegria”, complementou.