Aconteceu neste sábado, 24, o I Encontro da Quadrilha Xote Menina. O evento que há tempos vinha sendo planejado, foi realizado na cidade de Campina Grande, no bairro do Alto branco, no Encanto Verde Recepções. Com a organização do casal Sandra Azevedo e Sonaldo Eloi Barros, o encontro contou com a participação do grupo Baião de Três. Os organizadores através das redes sociais conseguiram encontrar uma boa parte dos integrantes e colocar o sonho em prática.
O Encontro tão esperado, reuniu aproximadamente 200 dos 400 integrantes, que fizeram parte da quadrilha durante seus 17 anos de existência. A pretensão dos organizadores é que o evento aconteça anualmente reunindo ainda mais componentes em encontros futuros.
Durante a realização do evento houve várias homenagens a Sonaldo Eloi e aos demais integrantes, levando-os a momentos de muita emoção e recordação. Sergio Palmeira, 38, um dos componentes da equipe do ano de 1993, falou das conquistas do grupo.“Cada passo nosso foi gratificante. Está aqui hoje é um grande presente”, afirmou.
Com a proposta de resgatar ao máximo os acontecimentos da época, foi realizada uma exposição de fotos, vestidos e troféus que fizeram parte da história da Xote Menina. Além disso teve a apresentação de uma das peças mais influentes da história do grupo, o vestido de debutante, sendo essa a peça que foi o marco dos quinze anos da quadrilha, onde todos os integrantes, na época, se vestiram de noivos para se apresentar.
História
Nascida e formada através de uma simples brincadeira de dança de rua, a Xote Menina, cujo nome veio inspirada na letra da música de Teresinha de Jesus, foi fundada em 1982. Sendo o sonho de participação de muita gente, a quadrilha ao decorrer do tempo passou a ser admirada pela sua beleza e garra.
Com o passar dos anos a Xote ficou conhecida como a quadrilha da burguesia devido aos seus figurinos e apresentações impecáveis, o que os fez participar de diversos eventos dentro do Brasil. A disputa para fazer parte da equipe era bem acirrada, sendo por vezes, comparada a um vestibular, onde muitos queriam a vaga e poucos eram escolhidos.
A quadrilha seguia à risca a tradição nordestina e incorporava durante suas apresentações o autêntico casamento matuto com a participação dos noivos, padre, delegados, pais dos noivos e danças regionais como a conhecida “cestinha de flores”, “Alavantú e Anarriê”. Além disso também contava com a participação do Seu Raimundo Formiga, o intitulado marcador de quadrilha, que desempenhava o papel de guia durante as apresentações.
Composta por aproximadamente 400 integrantes incluindo costureiros, figurinistas, organizadores e participantes desde a fundação, a quadrilha que abrilhantou tantos São joãos se desfez por volta do ano de 1998 devido a falta patrocínio e modernização das danças regionais. Porém a mesma ainda guarda em sua essência a real cultura e está certa de que fez história para muita gente que lembra e se emociona dentre suas recordações.