Projeto desenvolvido pela prefeitura proporciona a coleta de materiais recicláveis durante O Maior São João do Mundo.
O projeto Recicla São João, desenvolvido pela prefeitura de Campina Grande, em seu terceiro ano de atuação, atua durante os 31 dias de festas da cidade, contando com uma média de 35 pessoas trabalhando efetivamente no São João, divididas em escalas para a coleta diurna e noturna. Além do polo central, Campina Grande, as ações também são realizadas no distrito de Galante.
A seleção de trabalhadores para o projeto é feita por uma absorção das 5 cooperativas existentes na cidade. Em paralelo, há o projeto Matuto Limpeza, com a higienização dos espaços de festa. Para Joméris Tavares, diretor de Lmpeza Urbana, é de suma importância para a cidade a realização desse tipo de ação, tanto para ajudar os catadores, que dependem dos materiais, como para a população, que é beneficiada com a limpeza correta.
Além da época junina, há o projeto Recicla Campina, já iniciado na cidade, mas ainda não abrangendo toda a Rainha da Borborema. Os trabalhadores recebem pelos materiais que recolhem, e um salário, fruto de uma articulação entre a Prefeitura Municipal e o Ministério do Trabalho. As coletas são feitas nas terças-feiras, quintas-feiras e sábados.
Maria Socorro Barbosa (49), por exemplo, é uma das catadoras envolvidas no projeto; ela relata que a jornada de trabalho é bem longa, pois chega ao Parque do Povo às 19h e não tem hora para sair. Mesmo sendo cansativo, o lucro que recebe é bom e dá para ajudar nas despesas da sua casa. Nesse mês, ela pretende ganhar pelo menos 800 reais, mais o acréscimo do salário. Ela também informou que, no São João de 2018, conseguiram coletar 22 toneladas de material reciclável e esse ano pretende ultrapassar esse número.
Outros participantes desse trabalho é o casal José Atanael e Solange Venâncio, que trabalha há 4 anos no projeto Recicla Campina. E através da reciclagem, sustenta a casa e os 4 filhos.
Entre os materiais, os mais procurados para a reciclagem são as latinhas, garrafas pet, papelão e outros que possam servir para a coleta seletiva. Todos os elementos encontrados são enviados para as 5 cooperativas, em cada uma possui alguém responsável para fazer a triagem, e logo após as sucatas são encaminhadas ao Distrito Industrial em Campina Grande.
Mesmo com todo o apoio que esses trabalhadores recebem, há pessoas que decidem trabalhar por conta própria e também conseguem ter uma boa renda e contribuir para a limpeza do Parque do Povo. É o caso de Antônio Geraldo (60). Durante o ano inteiro ele trabalha como carroceiro, na feira central, em Campina Grande, mas durante o mês de junho faz umas horas extras juntando latinhas para vender no final do São João. “Eu vou juntando em casa pra vender no final da festa”, relatou. O catador também falou que, com esse dinheiro, consegue pagar aluguel, contas de água e luz e sustenta sua família.
É importante reafirmar o papel importante que esses trabalhadores desempenham dentro do maior São João do Mundo, pois, com seus esforços, mantêm a limpeza da festa e também conseguem seu pão de cada dia.