Exposição nos três pandeiros enaltece o centenário do Rei do Ritmo
Este ano, Campina Grande tem promovido várias atividades em comemoração ao centenário de Jackson do Pandeiro, e no mês em que a cidade realiza O Maior São João do mundo não poderia ser diferente. Jackson, que tanto exaltou a importância de Campina em suas obras, é um dos homenageados d’O Maior São João do Mundo, e durante os 31 dias de evento, quem passa pelas diversas festas conhece um pouco da história do artista.
Uma das atrações do centenário do Rei do Ritmo é a exposição “Jackson é 100, Jackson é Pop”, que acontece desde a última quinta-feira (20) no Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP), também conhecido como Museu dos Três Pandeiros – mais uma referência a Jackson. Na exposição, são encontrados cerca de 300 itens da vida e obra de Jackson, como documentos, objetos pessoais e escritos de músicas, além de vários materiais fotográficos sobre a história do artista.
Chico Pereira, diretor do MAPP, afirmou que a exposição é contemporânea, sensorial e colorida, representando o significado da música de Jackson: pura alegria! De acordo com ele, o trabalho não foi feito apenas para consagrar e reconhecer a herança que Jackson deixou à cultura paraibana, mas também para que os visitantes, principalmente os mais jovens, possam encontrar um roteiro e descobrir que “esse jovem que nasceu há quase 100 anos atrás era pobre, negro, sem nenhuma perspectiva de dar certo e realmente ele superou todas as dificuldades e se transformou no rei do rítmo da música brasileira”.
O nome da exposição surgiu da ideia de que Jackson não era só o Rei do Ritmo, mas sim um popstar, segundo Chico: “Ele está na categoria dos grandes astros, daí porque na fachada do Museu dois grandes outdoors estampam: Jackson é pop! Jackson é 100! 100% brasileiro. Creio que foi o único artista do país a passear por todos os ritmos e em todas as modalidades de nossa musicalidade”, declarou.
O centenário do artista não será celebrado apenas em Campina, mas sim no mundo inteiro, como reiterou Chico. Em agosto, mês em que os 100 anos do nascimento de Jackson são comemorados, o museu e várias outra instituições histórico-artísticas realizarão eventos especiais. “Essa exposição que estamos realizando é só o começo de uma série de homenagens que iremos fazer ao longo deste ano e do próximo, entre seminários, reuniões. A ideia é que no dia 31 de agosto, data comemorativa do aniversário de Jackson, a exposição esteja totalmente completa. Ela é uma espécie de exposição mutante, ou seja, a cada dia vai sendo acrescentada alguma coisa.” Disse.
A história de Jackson tem sido responsável por garantir diversão aos turistas que visitam a exposição. Isabô Ângelo veio da cidade de Igaraçu, no Pernambuco, conhecer o São João de Campina e passou pelo museu para conhecer as obras expostas. Para ela a história da cidade e dos artistas que a representam está bem retratada no museu, e por isso o passeio valeu a pena. Isabô é uma das mais de mil pessoas, entre turistas e campinenses, que já visitaram a exposição desde sua abertura.
A exposição é gratuita e continuará no MAPP até maio do próximo ano. O museu fica às margens do Açude Velho e funciona de terça-feira a domingo, das 9h às 20h durante o período junino.