Além dos já conhecidos, Antônio, João e Pedro, outro santo também venerado nesse mês é São Paulo.
Às festividades juninas, assim chamadas por ocorrerem no mês de junho, além da celebração a São João, posteriormente, foram agregados Santo Antônio e São Pedro, completando o trio de santos mais popular do Brasil, comemorados, respectivamente, nos dias 13, 24 e 29. Menos conhecido, mas não de menor importância para a Igreja Católica é São Paulo, comemorado no mesmo dia de São Pedro, 29 de junho.
São Pedro e São Paulo são considerados “os cabeças dos apóstolos”, por terem sido os principais líderes da Igreja Cristã Primitiva, por sua fé e zelo missionário. Eles possuem histórias e estilos diferentes, mas eram unidos no propósito de levar a verdade do Evangelho.
São considerados “colunas da Igreja” e por isso recebem um culto especial na data de 29 de junho, que, segundo uma antiga tradição romana, é o dia em que os dois Apóstolos foram martirizados. Santo Agostinho, no século V afirmava: “Num só dia celebramos o martírio dos dois apóstolos. Na realidade, os dois eram como um só. Embora tenham sido martirizados em dias diferentes, deram o mesmo testemunho”.
Segundo o Padre Emanuel Augusto, da Diocese de Campina Grande, embora São Paulo não seja tão lembrado na cultura popular, a Igreja sempre o celebrou. “Acredito que por motivos culturais, ele não é tão lembrado. Se fossemos perguntar às pessoas, quais os santos celebrados no mês de junho, provavelmente diriam Santo Antônio, São João e São Pedro, mas a Igreja sempre celebrou ambos os apóstolos no dia 29, São Pedro e São Paulo”, afirmou o Padre.
Os Apóstolos se posicionaram com coragem, convictos na fé e no propósito de seguir ao Senhor. Além de representantes do Evangelho, outros fatores que justificam a celebração em conjunto é terem ambos padecido em Roma e terem sido fundadores da Igreja romana.
Em Campina Grande, no bairro Santa Rosa, a comunidade religiosa pertencente à Paróquia Santa Rosa de Lima era chamada de São Pedro, mas com o Padre Aparecido, foi decidido adicionar o nome do Apóstolo São Paulo na comunidade e então foi chamada de Comunidade de São Pedro e São Paulo, em homenagem aos Apóstolos que já são celebrados pela Igreja desde o início, por volta do século II e III.