Há três anos sem se apresentar no palco principal do Maior São João do Mundo, Gitanna Pimentel retornou com um show que homenageou o Rei do Ritmo, e trouxe também em seu repertório uma multiculturalidade para atender a todo o público presente no Parque do Povo.
A cantora começou a dar passos mais largos após lançar o seu primeiro CD em 2011, intitulado “Enfim só”; de lá pra cá, não parou mais e foi se firmando como uma das cantoras mais populares da cidade de Campina Grande. Fora do palco principal nas últimas três edições da festa, Gitanna mostrou estar bastante feliz com seu retorno: “Me agradou estar de volta, porque a última vez que eu cantei no palco principal foi em 2016, então esse ano estou muito feliz de estar de volta”, concluiu.
Se Jackson não teve a oportunidade de cantar no palco do Quartel General do Forró, Gitanna fez questão de honrar o legado do cantor, ao trazer para o Maior São João do Mundo uma diversidade cultural de músicas, que passaram pela lambada, carimbó e também o samba, estilo que a fez ficar conhecida no cenário musical e estilo pelo qual o Rei do Ritmo ficou imortalizado.
A cantora não esconde de ninguém a influência que as músicas de Jackson têm em sua vida artística e faz questão de mostrar para o público que samba e forró têm mais coisas em comum do que se pode imaginar: “Eu faço como Jackson do Pandeiro, Jackson era o rei de misturar o samba e o forró. A gente não sabe dizer o que é que Jackson cantava exatamente, então, o samba e o forró eles casam muito bem e são as minhas duas paixões […] Muitas vezes eu faço roda de samba e eu troco do samba para o forró e as pessoas nem percebem porque os dois casam muito bem e a gente vai fazer isso hoje no palco”, explicou a cantora.
Falar de Gitanna é falar de diversidade e a cantora fez questão de enfatizar a oportunidade dada a outros ritmos, não apenas o forró, além de elogiar a estrutura montada com um palco dedicado para que outros artistas possam mostrar seus trabalhos: “Eu estou gostando muito […]. Eu acho que tem tempo e espaço para todo mundo, a festa todos os anos se moderniza e a gente abraça todas as culturas, todos os estilos musicais e eu não vejo problema nisso. É muito interessante e agrada a todos os públicos”, enfatizou a cantora, que iniciou seu show com o clássico “Festa no Interior”, composição de Moraes Moreira e Abel Silva.
Homenagem a Jackson do Pandeiro
Como não poderia faltar em seu repertório, Gitanna separou um momento do seu show para celebrar a obra do Rei do Ritmo, com músicas como “Baile da Gabriela”, “Cantiga do Sapo”, “Sebastiana”, “A ema gemeu” e “Chiclete com banana”; foi também durante sua execução que a cantora aproveitou para falar sobre sua paixão pelo cantor e pelas músicas, que ditaram o término de sua apresentação, ovacionada pelo público presente no Parque do Povo.
Além de fazer homenagens a nomes importantes do cenário nordestino como Os três do Nordeste, Flávio José e Mastruz com Leite, sobrou tempo para trazer ao palco música “A roda”, lançada pela compositora Sarajane que ficou conhecida na voz de Beto Barbosa, além de sucessos de seus dois primeiros discos “Enfim só” e “Fazendo Charminho”, esse último lançado em 2016, celebrando não só seu retorno ao palco principal mas também festejando a diversidade musical, sem perder sua regionalidade.