Quadrilha Flores Bela, de Santa Rita, anima público da Pirâmide do Parque do Povo em Campina Grande
Repórter: Jônatas Venâncio
Fotógrafa: Ana Lima
Editora: Karolina Matias
A Pirâmide do Parque do Povo. Quem não conhece um dos principais cartões postais da cidade? Dificilmente quem veio a Campina Grande, pelo menos uma vez na vida, não passou em frente ou até mesmo dançou um forró na estrutura piramidal. No famoso espaço, já passaram diversas atrações e apresentações culturais, além de grupos de quadrilhas que abrilhantam o São João todos os anos. Como a Flores Bela, da cidade de Santa Rita, que se diferencia das demais quadrilhas juninas, vistas nos últimos dias pelos festivais que estão acontecendo em nosso estado, por valorizar dançarinos idosos.
Os quadrilheiros, no auge da terceira idade, exibem beleza e esbanjam bom ritmo nos pés. É o caso de Eurides Nogueira, escolhida para dançar como noiva com o nome de Sebastiana do Rêgo, aos sessenta e sete anos, como diz o ditado “tem muita lenha para queimar”: “Há quinze anos eu participo desse grupo, o Flores Bela, de Adriano. É maravilhoso, uma sensação única, uma emoção muito grande! A gente fica na expectativa de vir para aqui, a gente se transforma(…)”, comentou Eurides, após o encerramento da apresentação. Mas, ainda no ápice da empolgação, quando perguntada sobre as vindas para Campina Grande, a mesma acrescenta: “Desde o tempo em que o grupo começou, a gente vem para cá. Acho que faz uns seis, sete anos”.
Adriano Araújo é professor de Educação Física, mas na quadrilha, tem a função de coreógrafo e marcador. O mesmo afirma que o “Flores Bela” faz parte de um projeto, e em entrevista para nossa equipe explica um pouco sobre: “O projeto se chama: ‘’Dançando na terceira idade’’, e tem como objetivo trabalhar a cultura corporal do movimento, utilizando as danças populares, a quadrilha sendo uma delas. Esse projeto já existe desde 1999(…), aqui no Parque do Povo, em Campina Grande, é uma tradição”, declara.
A Flores Bela se destaca também na tradição entre os participantes, que de pai para filho são ocupadas as vagas de dançarinos. Também trazem consigo noras, genros, deixando um clima mais familiar entre eles. O projeto é realizado no Centro Social Urbano Francisco Leocádio Ribeiro Coutinho, localizado no Alto das Populares, na cidade de Santa Rita, região metropolitana de João Pessoa. Além de quadrilheiros, os idosos são voluntários de uma ONG chamada “Pro Dia Nascer Feliz”, onde participam de aulas de teatro, oficinas de dança, atividades físicas, recreativas e culturais.
De acordo com o próprio Adriano, a quadrilha está de agenda cheia para os próximos dias, com apresentações no Engenho do Forró em Santa Rita, nas cidades de Bayeux, Patos, Solânea e algumas outras. ‘Tá’ pensando que São João tem idade? Aproveitar essa época é para todo mundo.