Comerciante mais antigo do Parque do Povo fala sobre suas experiências no Maior São João do Mundo

Campina Grande, 21 de junho de 2023

Elias Andrade está há 38 anos no Quartel General do Forró, enfrentou desafios e hoje colabora na geração de empregos


Repórter: Matheus Farias

Fotógrafa: Micaela Nogueira

Editora: Karolina Matias


Ao lado da esposa, Elias Andrade se sente feliz pelos 38 anos no São João de Campina Grande. Foto: Micaela Nogueira/Repórter Junino

Ao longo dos seus 40 anos, o Maior São João do Mundo coleciona histórias , principalmente de pessoas que fizeram parte dessas quatro décadas de festa regional. Poderíamos citar personagens ilustres como políticos e ativistas culturais renomados. Mas, o festejo junino de Campina Grande é feito também por pessoas anônimas,  se não estiverem no Parque do Povo, logo sentimos a falta dos seus trabalhos. É o caso de Elias Andrade, comerciante que há 38 anos está no Quartel General do Forró. Outros vendedores confirmam seu título de mais tempo em atividade no local. Entre uma venda e outra, o  Repórter Junino conversou com Elias e você pode conferir abaixo os principais trechos da entrevista:

Qual a sensação de fazer parte dessa história?

Foi aqui que eu criei meus filhos e todos já são formados, inclusive, um deles trabalha aqui como comerciante também. Vendo bebidas em geral como caipirinha, coquetel e outras. Sou de Campina e durante esse tempo eu gerei emprego além de criar minha família. Isso é o que tem de melhor.


No comércio de Elias, é possível encontrar uma grande variedade de bebidas. Foto: Micaela Nogueira/Repórter Junino

Ao longo desse tempo, o que mais mudou no Maior São João do Mundo para o senhor?

São tantas histórias e mudanças. Quando eu cheguei aqui, não tinha essas barracas que tem hoje. Era uma banquinha simples lá em cima e depois vim aqui para a Pirâmide, um local que antigamente ninguém queria vender porque tinha fama de ser perigoso. Depois isso foi melhorando com mais segurança e novos padrões para a venda de produtos. Além disso, o chão já tinha um calçamento mas mesmo assim quando chovia era um lamaçal. Hoje, graças a Deus, está bem melhor.

Quais os desafios de vender algo aqui no Parque do Povo?

Esse ano, as vendas estão boas, graças a Deus. A limpeza também está boa, mas se eu fosse fazer uma reivindicação seria em nome dos meus clientes e turistas. Muitos deles querem trazer suas famílias, crianças, idosos para cá nos fins de semana  e não conseguem porque de 18h quando os portões abrem a fila já tá grande e muitos também trabalham e só podem vir mais tarde quando já tá lotado e às vezes nem entram.

Que momento mais marcante o senhor vivenciou aqui?

O momento mais marcante foi quando meu filho se formou no mês de Junho e eu não pude comparecer pois estava aqui trabalhando. Ele fechou a barraca dele nesse dia, mas eu não podia fechar a minha. Toda a família entendeu e estou muito feliz com meus 3 filhos já formados.

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