Elias Andrade está há 38 anos no Quartel General do Forró, enfrentou desafios e hoje colabora na geração de empregos
Repórter: Matheus Farias
Fotógrafa: Micaela Nogueira
Editora: Karolina Matias
Ao longo dos seus 40 anos, o Maior São João do Mundo coleciona histórias , principalmente de pessoas que fizeram parte dessas quatro décadas de festa regional. Poderíamos citar personagens ilustres como políticos e ativistas culturais renomados. Mas, o festejo junino de Campina Grande é feito também por pessoas anônimas, se não estiverem no Parque do Povo, logo sentimos a falta dos seus trabalhos. É o caso de Elias Andrade, comerciante que há 38 anos está no Quartel General do Forró. Outros vendedores confirmam seu título de mais tempo em atividade no local. Entre uma venda e outra, o Repórter Junino conversou com Elias e você pode conferir abaixo os principais trechos da entrevista:
Qual a sensação de fazer parte dessa história?
Foi aqui que eu criei meus filhos e todos já são formados, inclusive, um deles trabalha aqui como comerciante também. Vendo bebidas em geral como caipirinha, coquetel e outras. Sou de Campina e durante esse tempo eu gerei emprego além de criar minha família. Isso é o que tem de melhor.
Ao longo desse tempo, o que mais mudou no Maior São João do Mundo para o senhor?
São tantas histórias e mudanças. Quando eu cheguei aqui, não tinha essas barracas que tem hoje. Era uma banquinha simples lá em cima e depois vim aqui para a Pirâmide, um local que antigamente ninguém queria vender porque tinha fama de ser perigoso. Depois isso foi melhorando com mais segurança e novos padrões para a venda de produtos. Além disso, o chão já tinha um calçamento mas mesmo assim quando chovia era um lamaçal. Hoje, graças a Deus, está bem melhor.
Quais os desafios de vender algo aqui no Parque do Povo?
Esse ano, as vendas estão boas, graças a Deus. A limpeza também está boa, mas se eu fosse fazer uma reivindicação seria em nome dos meus clientes e turistas. Muitos deles querem trazer suas famílias, crianças, idosos para cá nos fins de semana e não conseguem porque de 18h quando os portões abrem a fila já tá grande e muitos também trabalham e só podem vir mais tarde quando já tá lotado e às vezes nem entram.
Que momento mais marcante o senhor vivenciou aqui?
O momento mais marcante foi quando meu filho se formou no mês de Junho e eu não pude comparecer pois estava aqui trabalhando. Ele fechou a barraca dele nesse dia, mas eu não podia fechar a minha. Toda a família entendeu e estou muito feliz com meus 3 filhos já formados.