Chita: tecido indiano é tradição no Nordeste

Campina Grande, 2 de julho de 2023

O tecido originário da Índia se popularizou nas festas juninas do Brasil.

Repórter: Matheus Farias

Fotógrafo: Matheus Farias

Editora: Alberta Figueirêdo

Turistas e moradores de Campina Grande tem se encantado pela decoração do Parque do Povo e nas apresentações das quadrilhas juninas que tradicionalmente se apresentam na Pirâmide do Quartel General do Forró, e que esse ano também deram um show no Quadrilhódromo. Algo em comum nesses dois elementos visuais tem chamado a atenção do público: a presença da chita.


É comum encontrar chita em espaços como o Salão do Artesanato. Foto: Matheus Farias/Repórter Junino

Sendo um tecido originário da Índia, foi trazido ao Brasil pelos portugueses. Aqui, a chita tornou-se algo fundamental na decoração de empresas, ruas e festejos juninos por todo o Nordeste durante essa época do ano. Ela está presente também nas instituições escolares. O Repórter Junino já mostrou o trabalho desenvolvido pela Creche Vovó Clotilde que ensinou o livro “Chapeuzinho de Chita”, da escritora cabaceirense Juliana Soares. A obra faz uma releitura do tradicional conto “Chapeuzinho Vermelho”.

A chita faz parte da cultura nordestina e movimenta o comércio de tecidos, como explica a vendedora Hosana Batista: “Eu faço materiais como pochetes com esse tecido. Primeiro vejo se as cores estão combinando e depois faço os quadradinhos’’. Ela tem um stand no 36ª Salão do Artesanato da Paraíba e explica que a chita tem sido um sucesso de vendas. Vendi muito. Estou só com duas peças aqui.’’, afirma a artesã. 


Pochetes feitas com chita. Foto: Matheus Farias/Repórter Junino.

Maria Alves também tem produtos expostos no Salão e explica que usa a chita em várias confecções: “Utilizo ela para dar um diferencial. Já fiz saia com fuxico e chita. Ela sai muito nessa época”. Assim, a chita transmite alegria e nordestinidade por várias gerações através do artesanato.

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