Feira Central recebe projeto “Na Feira Tem” com muito forró, repente e poesia

Campina Grande, 30 de abril de 2024

Repórter: Lúcio Lima 
Fotografia: Emily Piano 
Editor: Fernando Firmino 


A cantoria do repente e a poesia encantaram o público presente. Foto: Emily Piano 

A Prefeitura Municipal de Campina Grande, através da Secretaria de Cultura (SECULT), com recursos da Lei Paulo Gustavo, promoveu mais um encontro de cultura e arte, na Feira Central, com o projeto “Na Feira Tem”. O evento contou com atrações de forró, repente e poesia e aconteceu no sábado (27). Quem abriu as atividades foi o grupo “Os Agrestinos do Forró”, que é formado por quatro integrantes: Josilene da Silva, Ahmenon Marcelino, Ueliton de Brito e Adilson Marcelino. 

O grupo, natural de Queimadas, surgiu em 2016, com a missão de levar o melhor do forró pé-de-serra em apresentações repletas de representatividade. Segundo a vocalista do grupo, Josilene da Silva, tudo começou com uma grande brincadeira. “Começamos a ensaiar em casa, eu e meu marido, que também compunha, e fomos pegando gosto pela coisa”, relembra. O grupo segue se apresentando com extensa agenda no período junino, passando por Galante, São José da Mata, Boa Vista e nas ilhas de forró.  

Já o repente, representado por José Santino e Francisco Sales, trouxe a cantoria tão peculiar deste gênero poético-musical. Para finalizar e não menos importante, a poesia foi apreciada pelo poeta e também repentista José Antônio, por meio de declamação de versos, acompanhado de música. 


Os Agrestinos do Forró se apresentam, na Feira Central, tocando forró de qualidade. Foto: Emily Piano 

O público composto por feirantes e pela população em geral pôde desfrutar de um momento de cultura e lazer, como forma de fomentar a cultura popular. O evento segue sua jornada. No dia 25 de maio se apresenta Ana Paula – Mulheres na sanfona. A Quadrilha Expressão Junina também vem com todo seu encanto fazer parte do projeto. Já no dia 29 de maio, no clima do São João, é a vez do Trio Forró Borborema animar o público, seguido da Quadrilha Expressão Junina.  

“O Projeto [Na Feira Tem], que deu seu pontapé inicial no dia 13 de abril, com música, dança e teatro, segue sua missão em espalhar cultura sempre no último sábado do mês vigente, com atrações diversas, enriquecendo ainda mais o espaço democrático e cultural que é Feira Central, promovendo a valorização e a preservação das diferentes manifestações culturais, além da inclusão e da diversidade”, enfatiza a diretora artística Lena Lima. Ela também reforça que o projeto continua, com muito fôlego, no segundo semestre. 



A FEIRA CENTRAL 

Com 75 mil metros quadrados, a Feira Central  é um berço pulsante de cultura em Campina Grande, na Paraíba, afinal é Patrimônio Cultural e Imaterial, desde 2017, pelo Conselho Consultivo do Iphan.

 Lá tudo se encontra, desde flores, doces, artesanato,carne, animais (abatidos ou vivos) e tantos outros produtos presentes neste espaço. Além de insumos, é possível encontrar artistas por todo lado. Uma riqueza cultural humana que perdura desde o século XVIII aos dias atuais. São repentistas, violeiros, cantadores, os quais abrilhantaram o entorno deste centro comercial. 

De pai para filho, os saberes dos feirantes são repassados e multiplicados com um olhar de conservação de costumes, no intuito de preservar o espírito herdado para as vendas. 

A Feira Central é um lugar de troca, de identidade do nordestino e, principalmente, do valor inestimável que possui aos olhos dos campinenses.

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