A oficina “Produção Audiovisual no São João”, que ocorreu no auditório 1, da Central Acadêmica Paulo Freire da UEPB, foi ministrada pela jornalista Sarah Cristinne Firmino, dentro da programação do Curso Intensivo de Jornalismo Digital e Reportagem promovido pelo projeto Repórter Junino.
Reportagem: Lara Melo
Fotografia: Briza Cunha
O mês de junho já está chegando e, com ele, as produções do Repórter Junino se intensificam. Como de “praxe”, há cinco edições, o projeto realiza o Curso Intensivo de Jornalismo Digital e Reportagem que, como próprio nome já diz, promove oficinas, palestras, debates e uma imersão no estilo, produção e diversidade de formas que irão delinear as narrativas juninas produzidas pelos mais de 40 alunos da equipe, na iniciativa que completa 19 anos este ano.
Em 2024, o curso entra em sua 5º edição e, para começar com o “pé direito”, nada melhor do que uma ex-aluna e extensionista do projeto. A jornalista, amante de cultura, com experiência em TV e Cinema e fundadora da produtora cultural “Tocaia”, Sarah Cristinne Firmino, para ministrar a oficina de abertura “Produção Audiovisual no São João”. Em uma tarde com explanação teórica, compartilhamento de experiências e dinâmicas, Cristinne captou a atenção dos alunos que saíram do momento renovados e com uma nova perspectiva a respeito do viés visual dentro da narrativa jornalística.
O jornalista atual está inserido em um mundo multimídia, onde a realidade da produção jornalística é feita em boa parte com dispositivos móveis. O debater sobre o audiovisual dentro do projeto, que utiliza do jornalismo móvel desde sua criação, tanto para o mercado de trabalho, propicia nova perspectiva que une audiovisual e mobilidade.
Sarah, através de um dinamismo único, permitiu que todos os alunos interagissem no momento, criando um clima leve e descontraído, que facilitou a absorção do conteúdo que a mesma queria repassar. Segundo a jornalista, a proposta era tirar os cerca de 30 alunos presentes de “fora da caixinha”, fazê-los olhar, de forma diferenciada, o mundo junino e a pluralidade de pautas que lhes cercam.“Os nossos olhares não estão treinados para ver o diferente”, afirmou ela durante a oficina, incentivando os alunos a enxergarem ainda mais com sensibilidade o mundo que os rodeia, além do que já está “na televisão”.
”Hoje foi o dia mais feliz da minha trajetória de 5 anos acadêmica”, disse ela muito alegre e orgulhosa em conversa com a equipe do Repórter Junino. “Foi um dia de compartilhar o que demorei muito tempo para aprender e juntar como bagagem. É muito emocionante voltar e transmitir isso, lançar essa sementinha” , complementou.
Nesse sentimento, ela espera que os alunos guardem o conhecimento repassado e leve para suas próprias vidas, para além da carreira profissional e acadêmica, mas no pessoal do dia a dia.“Se uma pessoa lembrar de mim em uma situação da vida ou da trajetória acadêmica eu já me sinto feliz”, finalizou.
A realização da jornalista já pode, inclusive, ser contemplada antes mesmo do momento acabar através das palavras da aluna Milena Fernandes, estudante do 3° período, que relatou enorme apreço pelo audiovisual e uma inspiração de Cristinne na sua vida acadêmica a partir de agora. “As palavras dela me fizeram perceber que pessoas que já estão formadas, que já possuem bagagem, já passaram pelo que nós passamos hoje, possuem os mesmos medos que nós temos hoje. Mas que, se corremos atrás, é possível fazer dar certo”, afirmou.
Outra aluna que também saiu inspirada e aproveitou cada momento da palestra foi a estreante do Repórter Junino, Paloma Mahely, que já chega animada com a possibilidade de poder experimentar os mais diversos formatos de narrativa que o projeto possibilita o aluno de exercer, nesse caso, o audiovisual. “A oficina foi um aprendizado para além do técnico, porque, além dela falar com total propriedade, ela fala com amor. No final, saímos de lá com os aprendizados para serem colocados em prática nas produções juninas, mas também com vontade de fazer um jornalismo que inspire pessoas como ela nos inspirou nessa tarde”, disse ela sobre a palestra.
Sobre o V Curso Intensivo de Jornalismo Digital e Reportagem
O 5° Curso Intensivo de Jornalismo Digital e Reportagem é uma espécie de treinamento para a equipe que foi selecionada, por edital, para cobrir, no ano de 2024, a edição que promete ser a maior de todos os tempos d’O Maior São João do Mundo, como também dos festejos juninos de toda região.
Segundo o idealizador e coordenador do projeto, Fernando Firmino, a ideia do curso, que já dura há cinco anos, sempre foi essa: fornecer aos alunos participantes
uma oportunidade de poder trocar ideias com profissionais do mercado e também professores sobre as diversas áreas que o projeto atua, seja em fotografia, reportagem ou mídias sociais.
Inicialmente, as inscrições são restritas para os componentes do projeto, porém, com o sucesso da edição passada, o curso deste ano veio com uma cara nova e abrange ainda mais alunos. De acordo com Firmino, mais de 100 alunos se inscreveram para vivenciar essa semana intensiva, que vai até a quinta-feira (16).
O Curso teve início na tarde de hoje (14), com a oficina “Produção Audiovisual no São João”, ministrada pela jornalista Sarah Cristinne Firmino. A programação segue amanhã (15), com “dobradinha”. Quem toma conta do auditório 1, a partir das 14h, é o professor Kleyton Canuto, que irá falar a respeito de “Documentários e Múltiplas Telas”. De noite, a assessora da Arte Produções durante O Maior São João do Mundo, Skarllety Fernandes, num debate sobre o “Fluxo de Trabalho em Assessoria de Imprensa de Mega Eventos“.
A programação segue até a noite de quinta-feira (16), com bate-papo com o jornalista e repórter da TV Paraíba, Artur Lira, sobre “Pauta e Apuração em Multiplataforma”. Dessa forma, o Repórter Junino proporciona aos alunos do curso de jornalismo uma oportunidade de emergir em novas narrativas e formatos do fazer jornalístico.