Repórter: Sophia Oliveira 
Fotógrafo: Nicolas Almeida
Editor: Fernando Firmino

Neste sábado, 18, ocorreu no Museu de Arte Popular da Paraíba, da UEPB, em Campina Grande, uma noite dedicada a Jackson do Pandeiro. A iniciativa faz parte das atividades relacionadas à Semana Nacional de Museus. Na programação, aconteceu o lançamento do livro “Jackson do Pandeiro – O Ritmo na Palma da Mão”, de Deribaldo Santos, e a exibição do documentário “Jackson: Na Batida do Pandeiro”, dirigido por Marcus Vilar e codirigido por Cacá Teixeira. 

“Jackson do Pandeiro – O Ritmo na Palma da Mão” oferece uma abordagem abrangente sobre a vida e obra desse ícone da música brasileira. Com 169 páginas, o autor Deribaldo Santos pensou em atingir um público diversificado, incluindo amantes da música, entusiastas de literatura, estudantes de várias áreas, como História e Sociologia, além de professores e jornalistas. A intenção é que a obra seja apreciada em diversos contextos de leitura devido ao seu conteúdo relevante sobre o Rei do Ritmo.

O livro ressalta também a formação musical de Jackson, iniciada na Feira Central de Campina, o contato com o universo orquestral pela Rádio Tabajara, em João Pessoa, e a gigantesca fama conquistada na revista carnavalesca “A Pisada É Essa”, da Rádio Jornal do Commercio, em Recife-PE.

Em pergunta ao  escritor Deribaldo Santos, sobre como ele descreve a influência de Jackson do Pandeiro na música brasileira, especialmente no contexto cultural em que ele viveu,  ele pontuou:

“Ele criou um processo musical rítmico sobretudo e um modo de cantar que mexeu muito com a música popular brasileira, então é muito difícil você ter hoje uma composição que não tem algum elemento final da música de Jackson”.

Já o documentário que foi exibido, “Jackson: Na Batida do Pandeiro”, foi lançado em 2019 e apresenta uma série de depoimentos de artistas e pesquisadores da Música Popular Brasileira, incluindo figuras como Gilberto Gil, Biliu de Campina e Zuza Homem de Mello. O documentário também exibe imagens de arquivo de Jackson, mostrando suas participações no cinema e no rádio. O filme aborda os altos e baixos das relações amorosas, dramas, polêmicas, sucesso e momentos de ostracismo na vida do artista, tudo sob a perspectiva de Marcus Vilar e Cacá Teixeira, incluindo também a trágica morte do astro em 1982.

Marcus Vilar contou que a inspiração para o documentário foi um livro de Fernando Moura e Antônio Vicente: 

“Eu já gostava de Jackson. Posso dizer que ele foi a trilha sonora da minha adolescência. Eu sou de Campina Grande, então via muito ele. Quando eu li o livro “Jackson, o rei do ritmo”, em 2001, me fascinou mais ainda, então eu falei com  Fernando, um dos autores, e disse queria fazer um filme sobre, só que demandava muita coisa, só depois de um tempo, consegui colocar o projeto pra frente, com o meu amigo Cacá. Então assim, o livro foi fundamental, continuei pesquisando em arquivos, pois queria alinhavar a história dele e resultou nesse documentário incrível sobre a vida de Jackson.”