Incorporando vários estilos de dança, o São João de Campina Grande, na Paraíba, promove a diversidade cultural através da arte
Repórter: Iasmin Pereira
Fotografia: Adrian Costa/Iasmin Pereira
Especial: UFCG-UEPB
O que balé, jazz, dança contemporânea e dança urbana têm a ver com festa junina? No Maior São João do Mundo, em Campina Grande, na Paraíba, esses estilos de dança se encontram em um único passo, trabalhando juntos na promoção do multiculturalismo e da inclusão social. Num festejo que reúne tantas pessoas, a diversidade cultural não pode ficar de fora.
A inserção dos mais diferentes estilos de dança e incorporação desses dentro dentro das festividades juninas são um dos espetáculos que ocorrem na imensa área do Parque do Povo, fruto de um trabalho desenvolvido no Centro Cultural Lourdes Ramalho, durante todo o ano. O núcleo cultural oferece, gratuitamente, diversas aulas de dança destinadas a várias faixas etárias, além de promover, também, a inclusão de pessoas com deficiência.
A aprendizagem culmina em apresentações culturais que acontecem no período dos festejos de São João, no final do ano, e por meio do festival Estrelas da Borborema, que acontece em novembro, conforme informa Jefferson Xavier – professor de dança de salão do espaço.
Para os alunos, apresentar sua arte no Maior São João do Mundo é uma honra. Marina Helenna, artista de dança urbana, de 14 anos, relata seu sentimento em se apresentar no Quadrilhódromo do Parque Evaldo Cruz, local reservado para as apresentações dos grupos de danças. “Eu conheço o Maior São João do Mundo há muitos anos. Eu vejo o pessoal da quadrilha, a galera que faz parte dessa cultura tão grande. Eu fico muito feliz de participar”, exclamou a jovem. As atividades promovidas pelo Centro Cultural assumem um papel de inclusão e transformação social na vida daqueles que estão envolvidos.
Para essas apresentações, os professores trabalham na adaptação de seus respectivos estilos às festividades juninas, à exemplo do jazz, que tem sua origem em Nova Orleans, cidade situada no estado norte-americano de Luisiana. Segundo a professora de jazz e balé, Otávia Ohana, “o jazz já é muito adaptável. Ele é uma dança muito moderna e muito versátil. A gente consegue trabalhar elementos do jazz com qualquer estilo de música”, explica a professora ao complementar que por essa razão, se diz apaixonada pelo estilo. “Então, por esse motivo, a gente consegue fazer de forma super didática com elementos que trabalhamos no dia a dia, na sala de aula, construindo as sequências coreográficas para o espetáculo”.
A incorporação desses estilos de danças pela programação do Maior São João do Mundo evidencia a pluralidade de um evento que reúne pessoas de todas as idades e preferências. O encontro cultural enriquece não só a festa como também o fortalecimento da identidade cultural de uma comunidade, através de adaptações capazes de atingir públicos diversos e abrilhantar ainda mais a festa junina.