Dom Forró da Rede Ita celebra novos talentos nordestinos para o legado do gênero 

Campina Grande, 22 de maio de 2025

 O Concurso celebra a cultura nordestina e revela novos nomes entre intérpretes e compositores do forró.


Max Marcel foi o vencedor na categoria intérprete. Foto: Joana Elen/Repórter Junino

Repórter: Maria Clara Tavares
Fotógrafa: Joana Elen
Editor: Joana Elen e Fernando Firmino

O Teatro Facisa foi palco da final da segunda edição do Dom Forró, da Rede Ita, ontem. O concurso prestigia e exalta a cultura nordestina, através de apresentações realizadas por intérpretes e compositores. Mais do que uma competição, o Dom Forró é um espaço onde a cultura popular é valorizada. Criado em 2013, o concurso, que já abrangeu outras vertentes passou a homenagear, em 2024, o forró, reconhecendo a importância  desse ritmo que embala a vida de milhares de nordestinos, principalmente durante o Maior São João do Mundo em Campina Grande. A noite foi marcada por fortes emoções, muitos aplausos e apresentações que evidenciam a riqueza da arte produzida pelos concorrentes. 

O grande vencedor da noite na categoria intérprete foi Max Marcel. Primeiro lugar pelo júri popular (votação por Instagram da rede Ita) e pelo júri técnico. Na categoria compositor, o vencedor foi Nilson Mattos. Ao todo, foram 12 candidatos finalistas que encantaram a plateia com suas performances únicas. Quatro compositores apresentaram suas criações autorais, enquanto oito intérpretes ficaram responsáveis por performar músicas que marcam a identidade da região Nordeste. Cada artista, cada um à sua maneira, contribuiu para criar um ambiente onde quem esteve presente conseguisse entender a importância de preservar a tradição. O auditório estava lotado com as torcidas dos candidatos e público convidado.

Os finalistas foram: Delaveyga (intérprete), Janny Cigana (intérprete), Jardelle Ridelly (intérprete), Jucy Ventura (intérprete), Max Marcel (intérprete), Mayara Lima (compositora), Mano Marques (compositor), Nilson Mattos (compositor), Silvanio Lynsen (intérprete), Suely Brasil (compositora), Taynana Flor do Campo (intérprete) e Thiago Zyon (intérprete).

Nos bastidores não havia rivalidade, apenas uma paixão em comum, o forró. Era nítido o afeto que os participantes tinham uns pelos outros. Entre uma preparação e outra, os concorrentes aproveitaram para cantar e ensaiar juntos, compartilhando experiências e prestigiando seus colegas.

Max Marcel, vencedor como intérprete, destacou o papel do forró em sua trajetória: “O forró é minha vida. Eu acho que assim, eu não sou um forró de temporada, sabe? Eu realmente vivo e defendo muito o forró. Faz parte de quem eu sou, da minha história. Então, ter inclusive a oportunidade de estar no palco do Teatro Facisa, do programa Dom, depender de um ritmo que eu sou tão apaixonado é incrível. É uma sensação maravilhosa.”, finaliza.


Nilson Mattos foi o vencedor na categoria compositor. Foto: Joana Elen/Repórter Junino

Nilson Mattos, vencedor do prêmio de melhor compositor, apresentou uma música autoral chamada “Campina Meu Amor”. A composição homenageia a história da cidade e figuras locais de destaque, como Biliu de Campina e Ton Oliveira. Nilson destaca que: “Em eventos como esse, é muito importante que nós temos muitos talentos, muitas músicas boas e pessoas que não tem a oportunidade de mostrar sua música. A música boa e de qualidade precisa de eventos como o Dom Forró para que a gente possa mostrar nosso trabalho e nosso talento musical.”

Além dos concorrentes, a noite teve convidados. Amazan e Sandra Belê foram os dois artistas homenageados com o troféu Dom Tributo, um reconhecimento à trajetória e ao legado que construíram dentro da música nordestina e se apresentaram no teatro. Enquanto o público aguardava o resultado final, ocorreram ainda apresentações de dança, enriquecendo ainda mais a programação do evento.

O momento mais aguardado da noite foi a divulgação dos resultados, marcado por muitas expectativas. Além da avaliação do júri, o concurso também contou com a votação popular, que acontecia através de enquetes no Instagram, incentivando o engajamento dos espectadores. Nilson Mattos conquistou o primeiro lugar na categoria de compositores, tanto na votação popular quanto na escolha do júri. Mayara Lima levou o segundo lugar, seguida por Suely Brasil, que ficou em terceiro.


Sandra Belê foi homenageado pelo Dom Forró. Foto: Joana Elen/Repórter Junino

Cantor Amazan recebendo troféu e se apresentando no palco da Facisa. Foto: Joana Elen/Repórter Junino

Durante o evento, dançarinos apresentaram coreografias ao som do forró. Foto: Joana Elen/Repórter Junino

Na categoria dos intérpretes, o pódio também foi aguardado com fervor. Silvanio Lyncen ficou com a terceira colocação, enquanto Taynana Flor do Campo conquistou o segundo lugar. O grande vencedor da modalidade intérprete foi Max Marcel, que também levou o primeiro lugar na votação popular e do júri. Max, inclusive,  fez parte durante quatro anos do projeto Repórter Junino.

O diretor de programação, Saulo Queiroz, também compartilhou sua percepção sobre o Dom Forró: “O Dom tem uma missão. Por que a Rede Ita é uma TV pública, e ela tem um compromisso nas suas diretrizes com a cultura da região. Então, esse é um programa que abre portas na grande mídia, embora as redes sociais ainda tenham uma grande força hoje em dia. Mas a TV, o mainstream, as grandes emissoras ainda dão uma chancela ao público que não tem acesso a rede social, que vê esses talentos na TV aberta. E obviamente, para mim em particular, ver o projeto se desdobrar em Dom Dança, Dom MPB, Dom Forró e outras categorias é muito gratificante”.


O diretor de programação da Rede Ita, Saulo Queiroz, falou sobre o projeto Dom. Foto: Fernando Firmino/Repórter Junino

Mais do que prêmios, o foco principal do evento é preservar as tradições nordestinas, criando ligações entre diferentes  gerações visando o legado do forró. 

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