A mostra reúne obras inéditas do artista visual Arnilson Montenegro, com foco na técnica da xilogravura, em uma proposta que conecta tradição e contemporaneidade
Repórter: Glória Borges
Fotografia: Charles Dias
Editor: Diney de Melo

A exposição Impressões Efêmeras: Sulcos do Consumo no Tempo foi inaugurada nesta quinta-feira (6), às 19h30, no Museu de Arte Popular da Paraíba – MAPP, o conhecido Museu dos Três Pandeiros, em Campina Grande. A mostra convida o público a uma experiência sensorial e de reflexão. As gravuras, feitas manualmente, nos fazem desacelerar e olhar com mais atenção, destacando a textura da madeira entalhada e os traços da impressão. As instalações ampliam o significado das imagens e criam conexões com temas do dia a dia, como consumo e memória, unindo o trabalho artesanal com questões atuais.
Arnilson Montenegro tem uma trajetória consolidada nas artes visuais. Natural da Paraíba, iniciou seus estudos artísticos no início dos anos 2000 e vem, desde então, aprofundando sua pesquisa em torno da imagem impressa, da cultura popular e das técnicas gráficas tradicionais. Sua formação em História e especialização em História da Arte fortalecem uma abordagem crítica e conceitual em seus trabalhos, sem perder o vínculo com a materialidade e a expressividade da xilogravura.
Ao ser questionado sobre o processo criativo, Arnilson afirma que as ideias surgem de forma constante, mas nem todas são executadas. “Algumas viram projeto, outras ficam no caminho. Mas é isso: é observar, testar e seguir criando.”

O espaço expositivo, que integra o complexo cultural da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), desempenha papel estratégico na valorização da arte popular e das linguagens gráficas. A realização da mostra foi viabilizada por meio do Edital Biliu de Campina 2024, com recursos da Lei Aldir Blanc e apoio da Prefeitura Municipal de Campina Grande.
O público tem acesso gratuito ao museu, de terça a sexta-feira, das 10h às 19h, e aos sábados e domingos, das 14h às 19h.







