“Moleka 100 Vergonha” abre festividades juninas em Shopping de Campina Grande

Campina Grande, 1 de junho de 2017  ·  Escrito por Aline Oliveira, Inaldete Almeida e Moniky Paolla  ·  Editado por Valtyennya Pires e Emanuelle Carvalho  ·  Fotos de Aline Oliveira
A quadrilha em seu último ensaio geral

A quadrilha “Moleka 100 Vergonha” em seu último ensaio geral

Com o intuito de abrilhantar o São João e outras festividades, a quadrilha “Moleka 100 Vergonha”, da cidade de Campina Grande,  vem promovendo  há 17 anos a cultura nordestina através da dança. Criada em Fevereiro de 2000 por um grupo de amigos do bairro das Malvinas, a “Moleka” cresceu e se desenvolveu com o apoio de empresas e da própria comunidade. Hoje, o grupo traz consigo diversos prêmios conquistados ao longo de muitos anos de dedicação e prossegue no esforço de ganhar muitos outros, por isso, a cada ano que se passa a quadrilha inova e surpreende o público.

Foi por este motivo que na noite desta quarta feira, 31, o grupo realizou seu último ensaio público em preparação para as competições juninas, que iniciarão no próximo final de semana no Maior São João do Mundo. A proposta de levar cultura popular ao Shopping Partage, surgiu por intermédio de um dos integrantes da equipe de Marketing, que é componente da quadrilha “Moleka 100 Vergonha”. Segundo Cássia Dantas (33), coordenadora de marketing do Shopping, a ideia é proporcionar momentos culturais aos clientes. Durante todo o mês de junho, a programação será bem diversificada. Do dia 5 ao dia 9, o espaço será cedido às escolas de Campina Grande para apresentações culturais a partir das 18h. Às Quartas-feiras, acontecerão os desafios de repentes com diversos repentistas e violeiros da região.

Segundo Erik Cristóvão (36), um dos fundadores da “Moleka”, a etapa de ensaios do grupo está quase finalizada pois “no dia 9 já começa o festival de quadrilhas de Campina Grande e a quadrilha já tem que estar preparada, faltando apenas pequenos ajustes”. Ele enfatiza que os custos da quadrilha este ano chegaram a R$ 200.000,00 e que todos os figurinos e adereços foram feitos em Campina Grande. Cada par de componente gastou em média R$1.000,00 que foi pago do próprio bolso. Tudo pelo amor em manter viva essa tradição e encantar o público.

As cores vibrantes embelezaram ainda mais a apresentação

A beleza dos trajes também foi destaque durante a apresentação

A quadrilha “Moleka 100 Vergonha” é composta por aproximadamente 110 integrantes, entre eles, profissionais de costura, dançarinos e outros. Um destes é o mascote do grupo, o pequeno Henrique Diniz Batista de apenas seis anos. Ele acompanha as apresentações da quadrilha tocando sua sanfoninha branca onde faz questão de dizer: “é igual a de Luiz Gonzaga”. A mãe de Henrique conta que ele faz aulas de sanfona há seis meses, mas que essa história começou quando ele ainda era um bebê: “Ele ganhou uma sanfoninha de brinquedo, mais tarde foi presenteado pelo cantor Amazan com uma réplica da sanfona Leticce, e desde então, não largou mais o instrumento”.

Os ensaios do grupo duram de cinco a seis meses a cada ano. Semanalmente eles acontecem aos sábados e domingos com duração em torno de 4 horas por dia. Contudo, num período mais próximo ao São João, os ensaios se intensificam aumentando de 3 a 4 ensaios por semana, além daqueles dos finais de semana. Além disso, a Moleka trabalha durante os outros períodos do ano para o sustento da própria quadrilha, promovendo cantinas durante os ensaios e a realização de outros eventos.

Angela Medeiros de 22 anos é uma das componentes do grupo e  diz que tem “as melhores expectativas possíveis para o período junino”. Ela espera que a quadrilha se expanda, levando seu conteúdo cultural pelo país afora. Os organizadores da Moleka 100 Vergonha garantem que este ano vão surpreender ainda mais o público e os jurados mas não deram nenhuma pista do que está por vir. É um segredo guardado à sete chaves. Aguardemos, então, às apresentações oficiais.  

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