Gente Nossa chega ao 61º programa homenageando o poeta Zé Marcolino

Campina Grande, 21 de junho de 2018  ·  Escrito por Ana Geisa Viana e Vitória Nunes  ·  Editado por Emanuelle Carvalho  ·  Fotos de Ediva Costa
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Os músicos José Lourinaldo, Gitana Pimentel, Sussa Monteiro e Massilon Gonzaga animaram o programa. Foto: Ediva Costa

O Museu dos Três Pandeiros se transformou na “Sala de Reboco” para o Gente Nossa homenagear o cantor e compositor Zé Marcolino. A gravação do programa aconteceu na manhã desta quarta-feira (20), em Campina Grande, e contou com a presença da filha do poeta, Fátima Marcolino, e dos cantores e músicos, José Lourinaldo, Gitana Pimentel, Sussa de Monteiro e Massilon Gonzaga que numa boa conversa lembraram, cantaram e encantaram com as histórias sobre o cantor e compositor paraibano.

O poeta José Marcolino Alves, nasceu no dia 28 de junho de 1930, no Sítio Várzea, propriedade do Major Napoleão Bezerra Santa Cruz, que mais tarde se tornaria município de Sumé, pequena cidade do Cariri paraibano. É conhecido no universo da poesia e da cultura popular nordestina como Zé Marcolino. Sua vida humilde e de grandes dificuldades para à época o fizeram descrever em seus versos musicados, o sertanejo e o sertão com uma sensibilidade e fidelidade que só quem desta conviveu consegue exalar as tristezas e as alegrias do povo Caririzeiro.

Foto: Reprodução/Internet

Primeiro e único LP lançado pelo poeta Zé Marcolino. Foto: Reprodução/Internet

Apesar de pouco divulgado, os sucessos de Luiz Gonzaga: “Sertão de Aço”, “Pássaro Carão” e “Serrote Agudo” do LP “Ô Véio Macho”(1962), foram composições do poeta Zé Marcolino.  Em 1963, o compositor se une aos integrantes do Quinteto Violado e lança seu primeiro e único disco autoral, o LP “Sala de Reboco”. A música título da obra é um marco na discografia de Zé Marcolino e é reconhecida por muitos como hino do xote.

A parceria entre Luiz Gonzaga e Zé Marcolino durou mais de 25 anos e rendeu ainda produções em mais 8 LP’s do Rei do Baião, entre eles: A Triste Partida(1964), Quadrilhas e Marchinhas Juninas(1965) e Forró de Cabo a Rabo (1986) que emplacaram os destaques “Caboclo Nordestino”, “Projeto Asa Branca”, “Cacimba Nova”, entre outros.

Gente Nossa

O Gente Nossa é um programa multimidiático que trabalha a construção, preservação e propagação da memória dos artistas nordestinos. Há seis anos em atuação, o 61º programa encerrou as atividades deste primeiro semestre de 2018 em grande estilo. A professora coordenadora Goretti Sampaio conta que “a cada ano a gente vai inovando dentro dos aspectos das novas tecnologias da comunicação, e percebendo a importância para o projeto. Estamos construindo um site próprio para o Gente Nossa que será lançado esse ano, para que possamos alcançar outros espaços de divulgação”, explica ela. Atualmente as produções do Gente Nossa ficam hospedadas no site do Repórter Junino.

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A mistura das sanfonas e as vozes de Gitana, Fátima e Sussa deram tom ao repertório, que cantaram as músicas contagiantes como, “Sala de Reboco” e “Quero Chá” e canções emocionantes como, “Rolinha Branca” e “Fazenda Cacimba Nova”.

Nesse embalo todo tempo que houve foi pouco tanto para os visitantes do museu que assistiram, como para os convidados e a equipe do Gente Nossa, que produziram a homenagem.

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